Achraf Hakimi brilha e faz história continental

Rabat, capital do Marrocos, viveu uma noite inesquecível quando Achraf Hakimi levantou o troféu de melhor jogador africano de 2025. O lateral, formado em clubes espanhóis mas dedicado à seleção marroquina, subiu ao palco do Teatro Mohammed VI diante de ex-craques e dirigentes do mundo todo.

A escolha de Hakimi quebrou uma longa sequência de prêmios dados a atacantes e meias, pois nenhum defensor vencia desde Mohamed Aboutrika, em 2006. O próprio marroquino, porém, recusou a ideia de “vingança” da defesa, lembrando que o futebol moderno pede qualidade parecida para todas as posições.

O comitê que decide o prêmio apresentou números fortes para justificar a vitória: onze gols e dezesseis assistências em cinquenta e cinco partidas oficiais pelo Paris Saint-Germain.

Efeito da temporada mágica no PSG

A campanha do PSG terminou com um triplete histórico: Ligue 1, Copa da França e a tão sonhada Champions League. Na semifinal da competição europeia contra o Arsenal, Hakimi cortou um cruzamento perigoso e, no contra-ataque, lançou Fabián Ruiz para o gol decisivo — lance que resume seu estilo de jogo: leitura rápida, explosão física e espírito coletivo.

No resultado final do prêmio, o egípcio Mohamed Salah ficou em segundo lugar pelo bom desempenho no Liverpool, e o nigeriano Victor Osimhen foi o terceiro graças à ótima temporada no Napoli.

Mesmo com números excelentes dos dois rivais, especialistas apontaram que a capacidade de Hakimi atacar e defender, somada aos títulos coletivos do PSG, pesou muito na votação.

Legado africano renovado para o futuro

Com o troféu, o lateral do PSG pediu que cada jovem sonhe alto, lembrando que ele começou chutando bola em ruas estreitas de Madri entre duas mochilas. Assim, sua conquista individual vira semente para a próxima geração, provando que talento, trabalho e espírito de equipe podem levar todo um continente ao topo do esporte.