O goleiro Fábio é um dos maiores jogadores da história do Cruzeiro. É o atleta que mais vezes vestiu a camisa celeste em toda a história do clube. No entanto, nem mesmo essa idolatria foi o suficiente para manter o arqueiro na Toca da Raposa. No final de 2021, o goleiro acertou a renovação de contrato com o clube. Porém, dias depois, foi anunciado que Ronaldo comprou o Cruzeiro. Com a nova gestão, Fábio não conseguiu negociar. Com os entraves, deixou a Raposa após 18 anos.
Em entrevista ao programa Arena SBT, o goleiro relembrou a saída dele da Toca. “Eu já tinha renovado com o presidente antes de viajar de férias, ficaram faltando detalhes de como ia ser feito o contrato, mas até tem foto minha com o presidente, com a camisa de mil jogos que poderia alcançar essa marca nesse ano de 2022. Saí de férias, tudo resolvido, porque o que vale para mim é a palavra, sempre foi assim. A confiança sempre foi no Cruzeiro, com as pessoas que tive oportunidade de trabalhar lá, muito corretas”, contou o arqueiro.
Na sequência, Fábio relembrou a conversa que teve com a nova gestão. “Infelizmente, eles não tiveram essa mesma conduta nessa gestão. Abri mão de tudo que poderia abrir, do que já tinha renovado, abaixei o salário, até abaixo do teto, fiz de tudo, só a forma que agiram comigo que não foi correta. Aí se fala muitas coisas, de comportamento difícil. Se fosse difícil, não tinha ficado 18 anos”, desabafou o atual goleiro do Fluminense.
Relação conturbada com Rogério Ceni
Na mesma entrevista, Fábio relembrou o rebaixamento do Cruzeiro em 2019. Depois de dois títulos da Copa do Brasil, a equipe entrou em uma crise que culminou com a queda para a Segunda Divisão. Um dos treinadores naquela temporada foi Rogério Ceni. No programa Arena SBT, Fábio, que era capitão da equipe, relembrou o período de trabalho do treinador. “Tenho certeza que o que prejudicou foi o relacionamento diário, a gestão de grupo, não só com os jogadores mais experientes, até com os mais jovens”, contou.
E dentro deste desgaste, lembrou Fábio, haviam erros de ambos os lados: jogadores e treinador. “Foi acontecendo no dia a dia nos jogos, algumas declarações, tanto do lado dos jogadores como depois do Rogério em algumas entrevistas. Isso aí foi prejudicando, desgastando nesse aspecto”, finalizou.