A seleção brasileira ainda não definiu qual será seu novo treinador. O técnico Tite já tinha informado que não iria permanecer no cargo, independente dos resultados. Mas sua saída veio de uma forma triste, já que a equipe foi eliminada nas quartas de finais da Copa do Mundo para a Croácia.

Assim, a CBF vem estudando alguns nomes e ainda não tem uma data para anunciar. A princípio, o prazo seria até o fim de janeiro, mas as situações não evoluíram. Ao que parece, o Brasil não é o foco da instituição, que vem procurando um comandante europeu.

Dessa forma, muitos debates acabam surgindo devido à nacionalidade do treinador. Entretanto, a decisão dentro da cúpula não é unanime. Na última segunda-feira (13), em entrevista concedida ao programa “A Bola da Noite”, o coordenador interino da Seleção, Ricardo Gomes, afirmou que os treinadores brasileiros estão preparados para assumir a equipe canarinho. Ele afirmou que não é suficiente ter apenas conhecimento sobre futebol, é necessário compreender a cultura do país.

“Não nacionalidade, é competência. Independente, a nossa cultura é sempre com treinadores brasileiros, mas, por exemplo, vamos citar dois que tiveram sucesso no Brasil, um ainda está, no caso já não considero um estrangeiro, que é o Abel e já está aqui acho que há três ou quatro anos no Palmeiras com sucesso, já conhece a cultura.”, disse o coordenador que prosseguiu: “Não é só conhecer futebol, mas não conhecer da cultura do país que você já está treinando.”.

Ainda assim, Ricardo defendeu os técnicos brasileiros e declarou que o país tem diversos nomes capacitados. “Eu acho que nós temos no Brasil treinadores competentes para exercer (função de treinador da Seleção), muito mais de um (treinador capacitado).”, disse.

Atribuindo o fracasso da Seleção Brasileira na derrota para a Alemanha em 2014, o coordenador apontou a quebra de confiança nos treinadores brasileiros. É importante destacar que, na ocasião, o técnico da equipe canarinho era Luiz Felipe Scolari.

“Depois do 7 a 1, de 2014, ficamos com essa imagem de atrasados, de que não estudávamos, e isso foi se alimentando no dia a dia, mas posso garantir que nós temos aqui treinadores brasileiros gabaritados para assumir, e também tem no caso aí dos portugueses que estiveram aqui, um está e um esteve e que podem pensar nisso, assim como nós tínhamos o Felipão em 2004 em Portugal”, disse Ricardo Gomes se referindo a Abel Ferreira e a Jorge Jesus.