A copa do mundo no Qatar tem passado por algumas polemicas antes mesmo do evento ter início. Nos últimos dias os pedidos de boicote contra o evento no país vem ganhando força e de acordo com o jornal francês Libération, devem aumentar nos próximos dias. O evento também é alvo de denuncias de trabalho escravo e algumas mortes na construção dos estádios.

O jornal Libération chama o evento de uma “aberração ecológica” e que apesar de inúmeras críticas, as denuncias aconteceram tarde de mais e o evento será realizado normalmente.

De acordo com o jornal francês o meio ambiente nunca foi tão desrespeitado como neste mundial. Eles citam o sistema de ar condicionado para diminuir a temperatura nos estádios como exemplo.

Problemas que impede o torcedor de assistir os jogos

Segundo uma investigação do jornal britânico The Guardian, citada na matéria, revelou que cerca de 6.000 trabalhadores imigrantes morreram na construção dos estádios devido às péssimas condições de trabalho do país organizador, comparáveis à escravidão. “São problemas que impedem o torcedor de assistir tranquilamente aos jogos”, avalia o jornal.

Algumas matérias publicadas pelo jornal francês mostram depoimento de dois torcedores que protestam contra os ocorridos. O torcedor Quentin, é cinegrafista de 28 anos, que diz que está começando a “ficar cansado do futebol em geral”. “É o dinheiro que manda”, diz ele.

O outro exemplo é o Paul, desempregado de 24 anos, diz que em 2018, assistiu a todos os jogos, mas nesta Copa vai acompanhar apenas as partidas dos times que gosta: França, Brasil e Portugal. “Essa é minha maneira de protestar”, explica.

Segundo o jornal assuntos que nunca vieram a tona em edições passadas agora se tornam pautas da copa do mundo no Qatar.