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Bastidores

Ex-São Paulo e Cruzeiro, Matheus Vieira foca na Serie A e frisa: “Sei do meu potencial”

Atualmente com 24 anos, defensor vem de uma temporada de destaque no futebol italiano

Matheus Vieira, quando era jogador do Cruzeiro. Foto: Rodolfo Rodrigues/Cruzeiro
Matheus Vieira, quando era jogador do Cruzeiro. Foto: Rodolfo Rodrigues/Cruzeiro

Carreira do zagueiro Matheus Vieira, sonhos e decepção no Paulista A2

O Somos Fanáticos conversou com exclusividade junto ao zagueiro Matheus Vieira, nesta terça-feira (20). Durante o bate-papo, o defensor revelou tudo que passou até chegar no Ellera Calcio, da Itália.

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A carreira de Matheus Vieira começou com influência da família. O começo da trajetória profissional aconteceu no Jabaquara e tudo mudou quando o São Paulo ofereceu um período de testes para o jogador, em Cotia.

Enfrentei o Santos de Rodrygo, Yuri Alberto… no Sub-15. Chegamos a empatar em 0 a 0 o primeiro jogo.

Matheus Vieira

“No começo, sempre fui influenciado pela minha família. Meu pai tentou ser jogador, mas não teve uma carreira grandiosa. Então, ele que sempre me incentivou, desde pequeno, minha mãe e meu padrinho. Nunca tive vontade de seguir outra carreira”, conta o zagueiro.

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Durante a competição estadual na Baixada Santista, Matheus Vieira relembra a oportunidade que enfrentou o Santos recheado de craques que viriam a ser aproveitados por Real Madrid e Corinthians, dentre outros.

“Enfrentei o Santos de Rodrygo, Yuri Alberto… no Sub-15. Chegamos a empatar em 0 a 0 o primeiro jogo, mas no jogo de volta eles foram superiores. Eles ganhavam tudo”, comentou o defensor.

“Na época, a gente não tinha as mesmas regalias que eles. Foi aí que a gente levava o jogo, na vontade. O time deles é estruturalmente mais forte. Eles tinham um staff, e a gente tinha o básico”, acrescenta Matheus sobre o Peixe.

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Tudo na vida do zagueiro Matheus Vieira começou a mudar quando o Tricolor surgiu com a chance dele ser testado com a geração 2001 e 2002, no centro de treinamento de Cotia.

“Tive a oportunidade de fazer uma avaliação de uma semana no São Paulo. O treinador era o Orlando Ribeiro, na época. Agora acho que ele está no Corinthians. Ele me aprovou”, lembra o zagueiro, que tem o sonho de chegar à Serie A italiana.

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Confira a entrevista completa com Matheus Vieira

Conversamos sobre tudo que envolve a carreira de Matheus Vieira até o momento. O zagueiro visivelmente guarda mágoas, mas acredita que só ele pode mudar o rumo da carreira.

  • Nome completo: Matheus Vieira dos Santos
  • Nascimento: 17 de maio de 2001 (24 anos)
  • Natural: Santos (SP)
  • Posição: Zagueiro
  • Pé preferido: Direito
  • Altura: 1,89m
  • Peso: 85kg

A reportagem conseguiu apurar junto com o defensor que um clube da Série D italiana está interessado no atleta e que ele pensa em subir degrau por degrau até chegar na primeira divisão.

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Melhor geração do São Paulo?

– Joguei com Pablo Maia, Wellington, que foi para a Premier League, fiz a linha defensiva com Morato e Lucas Fasson. A maioria dos que estão bem no profissional, eu joguei. As gerações 2001 e 2002 eram as melhores do São Paulo.

De que forma enxerga a estrutura de Cotia?

– Um tratamento justo. A estrutura de Cotia tem tudo. Como atleta, não temos nem o que reclamar. A única coisa de quem está escolhido para estar lá é ficar orgulhoso de vestir a camisa no São Paulo.

– Acabei me sobressaindo na categoria superior. Ali que eu comecei a me estruturar fisicamente e mentalmente, tirando dúvidas. Isso é importante. Comecei a ter regularidade nos jogos e foi uma experiência incrível.

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O que pensa do Fernando Diniz quando trabalhou com ele no São Paulo?

Fernando Diniz orienta time do São Paulo no Brasileirão 2020. Foto: Getty Images

Fernando Diniz orienta time do São Paulo no Brasileirão 2020. Foto: Getty Images

– Na época era o Fernando Diniz no profissional. Individualmente, ele não falou diretamente comigo. Ele reunia a rapaziada toda, e falava para não rifar a bola, ter a posse. Ele dá muita confiança. É um dos técnicos que não gosta de perder por nada. Essa mentalidade dele que motiva a gente.

– Eu tinha concorrência com o Morato. Às vezes, quando era um campeonato mais importante eu ficava no banco e costumava jogar o Brasileirão Sub-20. Quando o Morato saiu, eu virei titular absoluto.

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Primeira lesão séria

– No Sub-17, eu fiquei um ano inteiro sem jogar. Tive uma lesão séria ano joelho. Rompi o ligamento cruzado no jogo-treino com o pessoal mais novo.

Cruzeiro antes de ser SAF e o período de transição foram difíceis?

– Fui bem acolhido no Cruzeiro, porque sabiam do que eu tinha feito no São Paulo. Minha projeção era jogar alguns jogos no Sub-20 e ser aproveitado no profissional. A dificuldade financeira do clube fazia os jogadores da base serem muito pouco aproveitados. Quando o Vanderlei Luxemburgo, as coisas mudaram.

– Quando eu fui para o São Caetano eu estava na base do Cruzeiro e tinha jogado a última Copinha. Trocou a diretoria do Cruzeiro, chegou o Ronaldo, que tinha a opção de ficar com os atletas, emprestar ou dispensar.

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– O clube optou pela rescisão unilateral. Eu tive que aceitar. Depois disso, fiquei de três a quatro meses treinando separado, em casa.

Relação com Vanderlei Luxemburgo no Cruzeiro

Fama de Luxemburgo com jovens ajuda a desenvolver talentos. Foto: Alexandre Schneider/Getty Images

Fama de Luxemburgo com jovens ajuda a desenvolver talentos. Foto: Alexandre Schneider/Getty Images

– Eu ouviu do Copertino: ‘O homem (Luxemburgo) gosta de você’. Então, eu ouvia para ficar empenhado e seguir focado. Eu tinha sequência, para substituir o Jhosefer ele me chamou para o meu primeiro jogo profissional.

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Quando o São Caetano apareceu na sua carreira?

– Me destaque no Moto Club, e o São Caetano se interessou. Era importante pra mim, que tive a missão de ir para o clube. Eu iria disputar o Paulista A2. Faltando uma semana para começar o campeonato, eu sofri a lesão.

A diretoria do São Caetano te abandonou?

– O tratamento mudou comigo imediatamente por parte da direção, que deixava de lado e se escondia. Eles sabiam que eles tinham que arcar com a recuperação. O treinador ainda tentava me dar um consolo. Mas o clube não tinha nem estrutura para eu começar o tratamento.

– Depois de uma semana que eu fui fazer o exame. Não tinha aparelho nenhum no São Caetano para me ajudar. Fiquei 7 dias fazendo gelo e exercícios de equilíbrio.

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Dificuldades no São Caetano

– Pra gente receber era um sacrifício. A única pessoa que conseguia ajudar a gente era o treinador, que falava para a diretoria nos dar um suporte, pra gente receber antes do jogo.

– Por lei eles são obrigados (a renovar). Quando eu machuquei, ainda ia assinar o contrato. Eu fiquei um mês e meio treinando sem contrato. Era obrigatório assinar.

– A diretoria na época se negou a cumprir o combinado comigo.

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Lesão grave e recuperação

– Fiz a cirurgia com os alunos do médico do clube, em um hospital público de Jabaquara.

– Fiquei no alojamento da base. Tentava dar um jeito de ir para o estádio, ainda estava de muletas. Minha recuperação era sozinho. Eu fazia o mínimo para me recuperar, porque não tinha os aparelhos.

– Os fisioterapeutas que eu tive no São Paulo me ajudaram na recuperação, com atividades e um plano para eu conseguir estar pronto novamente.

Quem conseguiu essa oportunidade para você no futebol italiano?

– Com sete meses de recuperação na Itália, as mesmas coisas que eu fazia no Brasil, mas sem ir à academia porque não tinha a documentação legal para fazer a matricula, eu fui procurando algo aqui.

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– Um procurador italiano me conheceu em um jogo do São Paulo (na Copinha) e me contatou quando eu cheguei aqui.

– Voltei a jogar depois de um ano parado. Operei em março e ficava na recuperação, vim para a Itália em julho, e fui para um novo clube em outubro.

O que você acha do futebol na última divisão da Itália?

– O futebol aqui é mais força e intensidade, apesar de ser uma divisão maior. Tecnicamente, é difícil achar clubes que saibam jogar e treinadores com essa mentalidade.

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Como enxerga a temporada que passou?

– Foi um ano da reconstrução do que aconteceu no Brasil. Fiz dois gols. Um ano muito importante. De 33 jogos, joguei 32 de titular.

Quais são seus sonhos?

– Eu ainda tenho muita vontade de jogar um campeonato grande, uma Champions League, Serie A… sei do meu potencial pelos clubes que passei. Sei que ainda posso demonstrar muito dentro de campo. Tem essa possibilidade agora de jogar em uma divisão acima. São mais jogos, mais torcida. Quero subindo de degrau em degrau até chegar na primeira divisão.

– Bem futuramente, sonho com a Amarelinha.

Final da Champions League entre PSG x Inter

LISBOA, PORTUGAL - 18 DE AGOSTO: O troféu da Liga dos Campeões da UEFA é visto ao lado do campo antes da partida da semifinal da Liga dos Campeões da UEFA entre RB Leipzig e Paris Saint-Germain F.C no Estádio do Sport Lisboa e Benfica em 18 de agosto de 2020 em Lisboa, Portugal.

Champions League termina no dia 31 de maio. Foto: David Ramos/Getty Images

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– Os italianos gostam muito de futebol e tênis. Nisso, tem muitos interistas (como são chamados os torcedores da Internazionale). Eles sabem do potencial da Inter de Milão. Tecnicamente não é um time forte, mas eles tem vontade de ganhar. Ninguém imaginava que fosse virar contra o Barcelona. A vontade que eles tem de ganhar, os torcedores empurrando… essa vontade que muda o jogo. Eles tem aqui na Itália.

Simone Inzaghi

– Esse cara às vezes é meio louco. Ele joga junto com o time. A reação que ele tem no banco de reservas é como se ele estivesse jogando.

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