João Gabriel: do Corinthians para o futebol italiano
Cria do Corinthians, João Gabriel vive hoje uma nova realidade no futebol europeu. Aos 18 anos, o zagueiro brasileiro defende as cores do Como 1907, da Itália, após passagens marcantes pela base alvinegra e pela Roma. Em entrevista exclusiva ao Somos Fanáticos Brasil, o defensor relembrou momentos marcantes.
A ida para a Roma aconteceu ainda na base, por meio de seu empresário. “Já tinham outros brasileiros na Roma, e ir para a Europa era o grande objetivo. Ainda mais no futebol italiano, que valoriza bastante a parte defensiva, especialmente para zagueiros.”, destacou.
Mesmo sem atuar pelo time principal, João participou de treinos com o elenco profissional. Segundo ele, foram quatro sessões sob o comando de José Mourinho. “Falei português com o Lukaku, vi de perto o Dybala dar trabalho nos treinos… Foi um ambiente que me fez crescer rápido”, comentou.
Após não ser comprado em definitivo pela Roma, João precisou definir seu futuro. Foi então que escolheu o projeto do Como. “Pensei: por que não abraçar? É um time que está crescendo. Foi uma oportunidade de ouro, que vai me dar uma grande vitrine. Entre as opções que eu tinha, foi a melhor”, garantiu o defensor.
Foco em evoluir dentro e fora de campo
João revelou uma rotina intensa de treinos na Itália. Após uma lesão, passou a fazer até 22 sessões semanais, incluindo musculação e acompanhamento físico e mental. “É uma rotina agitada, mas que me ajuda a evoluir. Faço tudo para manter a musculatura e a cabeça em dia”, disse.
Poliglota, João fala português, italiano e inglês. Essa bagagem, aliada à vivência em diferentes ambientes, acelerou sua adaptação. “Essas coisas ajudaram muito no meu processo de adaptação. Isso me fez me sentir em casa, poder conversar com os outros, me ajudou a pegar maturidade e crescer culturalmente”, afirmou.

Zagueiro brasileiro João Gabriel em partida pelo Como 1907 (Foto: Como 1907/Acervo Pessoal)
Diferenças entre o futebol brasileiro e italiano
Para João, o futebol italiano possui algumas diferenças, especialmente para zagueiros. “Na defesa, fecha a casinha mesmo. É muito mais físico e preparado taticamente. A transição da base para o profissional aqui é mais conectada ao estilo do time principal”, explicou, comparando com o Brasil.

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Com cidadanias italiana e libanesa, João não definiu seu futuro em seleções. A CBF ainda não o procurou, mas a Itália já demonstrou interesse nas categorias de base. Sem pressa, ele projeta um caminho sólido. “Quando chegar o momento da escolha, vou optar pelo que for melhor pra mim”, finalizou.