Palmeiras está na final do Paulistão
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, voltou a se posicionar firmemente na polêmica sobre os gramados sintéticos no futebol brasileiro. Após o Conselho Técnico do Brasileirão 2025, realizado nesta quarta-feira (12) na CBF, a dirigente revelou que o tema foi debatido e que um estudo da entidade não apontou prejuízos físicos aos atletas.
Segundo Leila, o levantamento conduzido pelo Dr. Jorge Pagura demonstrou que os campos artificiais não oferecem risco adicional aos jogadores. Com isso, a proibição desse tipo de gramado sequer foi colocada em votação, e os clubes concordaram em seguir debatendo o assunto para buscar um consenso.
“Foi uma bela apresentação do Dr. Pagura. O estudo mostrou que não há comprovação de que o gramado sintético causa danos aos atletas. Não houve votação sobre manter ou retirar os sintéticos do Brasileirão, apenas um compromisso de aprofundar a discussão”, explicou a dirigente.

Leila Pereira – Foto: Ettore Chiereguini/AGIF
Leila também criticou comparações entre os campos do Brasil e da Europa. Para ela, a realidade do país exige soluções alternativas, e um sintético de qualidade é melhor do que gramados naturais em condições ruins. “Temos que discutir a qualidade dos campos no Brasil, não se o sintético é melhor que o natural”, afirmou.
Leila Pereira ironiza ícones do futebol
A presidente do Palmeiras ironizou o manifesto assinado por jogadores renomados, como Neymar, Thiago Silva, Gabigol e Lucas Moura, que pediram o fim dos gramados artificiais. Segundo Leila, muitos dos atletas que reclamam já estão no fim da carreira e buscam prolongar sua atividade profissional.

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“Normalmente, quem reclama são jogadores mais velhos, que eu até compreendo, pois querem estender a carreira e acham que isso pode encurtá-la. Mas, sinceramente, são atletas que já deveriam ter parado de jogar, em vez de ficar culpando o gramado”, disparou.
Brasil x Europa e resposta irônica
A dirigente também respondeu diretamente à comparação feita pelos atletas entre os campos brasileiros e europeus. Para ela, quem enxerga as condições no exterior como ideais não precisa atuar no Brasil. “Se os gramados europeus são tão bons, ótimo… Fiquem por lá e não venham para cá”, declarou.
Pereira tem sido uma das principais defensoras dos gramados sintéticos no futebol nacional, especialmente pelo uso desse tipo de campo no Allianz Parque. O debate sobre a regulamentação do piso artificial no Brasileirão deve continuar ao longo da temporada.