Borja reacende um tema sensível entre Boca Juniors x River Plate
Miguel Borja pode se tornar mais um jogador a atravessar a maior rivalidade do futebol argentino. O atacante colombiano, de 32 anos, deve deixar o River Plate após quase quatro temporadas para assinar com o Boca Juniors em 2026. A negociação que vem ganhando força.
Embora rara, a troca direta entre Boca Juniors e River Plate não é inédita. Ao longo da história, poucos atletas aceitaram o risco de deixar um dos clubes para defender o rival, enfrentando rejeição, críticas e o peso simbólico dessa decisão.
Trocas diretas que ficaram marcadas no futebol argentino
Um dos casos mais emblemáticos é o de Gabriel Batistuta. No início da década de 1990, o atacante trocou o River Plate pelo Boca Juniors e foi nos Xeneize que ganhou projeção antes de seguir para a Fiorentina, onde construiu carreira histórica no futebol europeu.
Outro nome marcante é Óscar Ruggeri. Formado no Boca, o zagueiro deixou a Bombonera e se consolidou como ídolo no River Plate, conquistando títulos nacionais, continentais e a Copa do Mundo de 1986 com a seleção argentina, segundo O Gol.
Já Ricardo Gareca esteve envolvido em uma negociação entre os rivais em 1985, mas não conseguiu se firmar nem no Boca nem no River, se tornando uma “pessoa não grata” para as duas torcidas. Sergio Berti, por sua vez, saiu do Boca ainda jovem para o River no fim dos anos 1980 e teve três passagens pelos Millionarios, com títulos nacionais e continentais.

Gabriel Batistuta comemora após marcar na Copa do Mundo em 1998. Foto: Stu Forster /Allsport
Além disso, Sebastián Rambert foi o último jogador a realizar uma troca direta entre Boca e River, em 1997. Apesar de início promissor na carreira, sua passagem por ambos os clubes foi discreta, sem grande destaque esportivo, conforme O Gol.
Episódios marcantes entre Boca Juniors x River Plate em duelos e decisões
No entanto, Fernando Gamboa defendeu os dois clubes em 1994 e ficou marcado por converter o pênalti que eliminou o River e classificou o Boca na Supercopa Libertadores daquele ano. Rubén da Silva, campeão da Copa América pelo Uruguai, trocou o River pelo Boca em 1993 e chegou a marcar contra o ex-clube em um Superclássico.
A lista se completa com Néstor Gabriel Cedrés, campeão da Libertadores de 1996 pelo River e autor de gols em dois Superclássicos seguidos pelo Boca. Aliás, Ramón Centurión foi artilheiro do River em um título continental nos anos 1980, mas marcado por suspensão por doping. Por fim, Jorge Rinaldi, que deixou o Boca para jogar no River a pedido de César Luis Menotti, teve passagem discreta antes de seguir para o futebol turco.




