Catar sedia o Intercontinental e o país do Oriente Médio foi palco da última Copa do Mundo
A Federação Internacional de Futebol (Fifa), que tem sede na Suíça, nos últimos anos ‘adotou’ o Catar, país do Golfo Pérsico (Oriente Médio), como um oásis de tranquilidade para a entidade que comanda o futebol no mundo. E assim, desde 2019, oito dos 17 torneios organizados pela Fifa ocorreram no Catar.
Este ano, o Mundial Sub-17 foi realizado no país e a Fifa decidiu tornar o torneio anual, antes acontecia de dois em dois anos. Assim, a sede das próximas quatro edições, entre 2026 e 2029, foi definida no Catar.
Ainda, desde 2021 a Fifa passou a organizar a Copa Árabe de Nações, uma competição que reúne os países integrantes da Liga Árabe. Em 2021, a competição foi disputada no Catar. O mesmo acontece na edição deste ano. As próximas duas edições (2029 e 2033), já estão marcadas para ocorrer no país do Golfo Pérsico.
Agora, apenas neste mês, a Fifa está organizando no Catar três competições diferentes: o Mundial Sub-17, a Copa Árabe de Nações e a Copa Intercontinental de Clubes.
Antes, ocorreram no país o Mundial de Clubes de 2019 e 2020, a Copa Árabe de 2021, a Copa do Mundo de Futebol de 2022, e agora a Copa Intercontinental de Clubes de 2025.
Parceria que rende frutos para a Fifa e para o Catar
A relação entre a Fifa e o Catar se estreitou a partir de 2010, quando o país do Oriente Médio superou os Estados Unidos, Coreia do Sul, Japão e Austrália e foi escolhido para sediar a Copa do Mundo de 2022.
Portanto, o futebol e a relação com a Fifa, têm servido para o Catar colocar em prática seus planos de se tornar um país mais conhecido pelo Ocidente, e ainda ser uma referência global em termos de Oriente Médio e se posicionar como um líder perante as outras nações do mundo árabe.
Depois de sofrer muita resistência por parte de países europeus, principalmente, a realização da Copa do Mundo no Catar foi considerada um sucesso e colocou o país definitivamente no mapa como uma ‘balança’ no Oriente Médio, ficando entre o conservadorismo da Arábia Saudita e o ocidentalismo dos Emirados Árabes.
Para a Fifa, o Catar tem sido um facilitador, pela abundância de recursos disponibilizados pelo governo local. O país é pequeno e rico, com boa infraestrutura de transportes, com o metrô construído para a Copa do Mundo levando aos principais estádios, e arenas do mais alto nível em termos de conforto e visibilidade do campo.
Isso, somado à experiência já adquirida na realização de grandes eventos, faz com que qualquer competição no país seja segura e perfeita em termos de organização.

Ahmad Bin Ali Stadium – Robert Cianflone/Getty Images
Catar tem estrutura para o futebol, mas ainda falta paixão da população pelo esporte
Um exemplo é a qualidade do gramado do Estádio Ahmad bin Ali, um padrão no futebol do Catar, que impressionou o Flamengo na partida contra o Cruz Azul pela Copa Intercontinental, a ponto de os jogadores estranharem a forma como o jogo foi veloz.
Por outro lado, os jogadores do Flamengo também estranharam o estádio ter apenas cerca de sete mil torcedores para assistir uma partida entre o campeão da Libertadores e o campeão da Concacaf. O Catar é um país rico, mas ainda sem uma grande paixão futebolística.




