Maurício Souza encara um novo momento na carreira
Maurício Souza vive uma nova fase. O técnico brasileiro, com passagens por Flamengo, Vasco e Guarani, acumula mais uma experiência internacional, agora no o Persija Jakarta, da Indonésia . Em entrevista exclusiva ao Somos Fanáticos, o treinador falou sobre desafios, adaptação e o peso de dirigir uma equipe com tanta representatividade.
“É extremamente gratificante a gente poder trabalhar num clube que tem uma história muito grande no país. Tem uma torcida gigantesca e apaixonada que vai a todo lugar que a gente vai, torcer pela gente. Sem dúvida nenhuma, esse foi um dos pontos que me motivaram a voltar a trabalhar na Indonésia”, afirmou o comandante.
O técnico ressaltou ainda o carinho do país e o esforço do clube em sua contratação. “É um país que me acolheu muito bem, eu fui muito feliz aqui. Fizeram um esforço grande para eu poder retornar. Então, é extremamente gratificante poder trabalhar num clube do tamanho de Persija”, completou.
Com o time atualmente na segunda colocação da Liga 1, com 17 pontos em nove jogos, Maurício reconhece o bom início, mas também a pressão. “A torcida anseia por títulos, já faz quase oito anos que o clube não vence. São várias equipes com investimento forte, então precisamos estar concentrados para brigar na parte de cima”, afirmou.
Adaptação e rotina no futebol indonésio
Maurício explicou que, apesar das diferenças culturais, sua rotina de trabalho não foi afetada. “Eles têm períodos de oração que respeitamos, mas conseguimos ajustar os horários de treino sem problemas. A culinária é diferente, mas a gente se adapta bem. Hoje estou completamente adaptado, nada interfere na nossa rotina”, comentou.
O técnico também destacou a importância de entender o contexto local. “Quem vem morar fora do país precisa se adaptar da melhor forma possível. Eu me encontro bem adaptado. Hoje, a cultura do país não interfere muito no nosso dia a dia”, garantiu.
Elenco multicultural e liderança brasileira
O Persija conta com vários brasileiros, como Thales, Alan Cardoso, Sousa, Maxwell, Bruno Tubarão e Gustavo. Para Maurício, isso facilita a comunicação e o entendimento dentro do elenco. “Ter mais brasileiros ajuda bastante. São atletas que podem puxar outros para cima”, disse.
Ele também elogiou os estrangeiros Jordi Amat e Ryo Matsumura. “O Jordi é um jogador muito inteligente, da seleção indonésia, e o Matsumura é talentoso, mas infelizmente sofreu uma lesão e deve voltar em dois meses. São atletas experientes que ajudam no grupo”, concluiu.

Maurício Souza pelo Guarani (Foto: Marcello Zambrana/AGIF)
Maurício Souza voltaria para o Brasil?
Com experiência em clubes de massa no Brasil, Maurício comparou o ambiente de pressão. “Todo time grande entra na competição para ganhar, e aqui não é diferente. Talvez não sejamos os favoritos tecnicamente, mas a grandeza da equipe pode nos levar ao topo”, afirmou.
Sobre o futuro, o treinador revelou sua filosofia profissional. “Quando conversei com o Persija, ofereci um contrato de um ano. Gosto de viver minha carreira temporada a temporada. Me sinto muito bem aqui, mas o futuro vai depender dos projetos que surgirem. Não descarto voltar ao Brasil”, finalizou.
A passagem de Maurício pelo Persija não é sua primeira experiência na Indonésia. Entre 2023 e 2024, o treinador comandou o Madura United, onde realizou um trabalho de destaque ao levar uma equipe de orçamento limitado ao vice-campeonato nacional. Após o sucesso, retornou ao Brasil para assumir o Bragantino B, conquistando o título do Brasileirão de Aspirantes.




