O clássico carioca entre Flamengo e Botafogo foi marcado por várias polêmicas. O rubro-negro venceu, mas chovereclamações por parte dos botafoguenses. Após o confronto, na entrevista coletiva, o técnico Luís Castro criticou a entrada da Polícia Militar no gramado, após uma confusão envolvendo jogadores do Botafogo e a equipe de arbitragem.
“Assistimos jogos em todos os continentes, e há polícia em campo? Me respondam. O Flamengo e Botafogo estava sendo visto na Europa, e que imagem estamos vendendo? Polícia de Choque em campo? Eu não cheguei para mudar nada, só para fazer meu trabalho. Mas como um técnico é empurrado pelos bastões da polícia para não falar com o árbitro? Eu sou assassino? Vou roubar o árbitro? Vou agredir? Mesmo que eu vá insultar, há a justiça esportiva para isso. Não é espaço para a polícia! É uma vergonha o que aconteceu hoje. A CBF não deveria permitir polícia em campo. Passa a imagem de que somos selvagens, e não somos. Todos os jogadores meus que chamarem o árbitro de filho da… devem ser expulsos, e os do Flamengo também”, vociferou o português.
Na sequência, Castro reclamou que a arbitragem não agiu de forma igual com os clubes.
“Estão três equipes em campo. Normalmente os jogos entre Flamengo e Botafogo e os outros clássicos no Brasil são muito emocionais. A terceira equipe, a de arbitragem, é para colocar calma no jogo e obrigar os jogadores a se comportarem e termos 11 jogadores de cada lado até o fim. Não sei se recordam, mas no início do jogo um lance retratou o que poderia acontecer na partida: o árbitro a fugir na frente dos jogadores do Flamengo. Achei estranho, acho que mostrou que estava um pouco fora do que é o papel do árbitro. Por que não fugiu da frente do Tiquinho? Se fugiu uma vez, tem que fugir de todas”, disse o treinador.
“Fazer nossa reflexão”
Ainda na coletiva, Luis Castro disse que, apesar das críticas, concorda que o Botafogo precisa ter mais maturidade emocional em campo.
“Nós também precisamos fazer nossa reflexão, porque não podemos em dois jogos terminar com nove. O lado emociona precisa ser avaliado. Confesso que é surpresa para mim, normalmente terminávamos com 11”, finalizou o treinador.