O Fluminense segue imparável neste início de temporada. Com apenas uma derrota, logo na estreia do Campeonato Carioca, para o Bangu, o time de Abel Braga segue na reta final de preparação para encarar o Olímpia, no Paraguai. O jogo é decisivo pela Pré-Libertadores. Para chegar à Fase de Grupos, o Flu precisa passar pelos paraguaios. O primeiro passo foi dado após a vitória por 3 a 1 no Nilton Santos. O jogo da volta é nesta quarta-feira, 16, na casa do adversário.
Essa partida pode ser a última de Luiz Henrique com a camisa do Fluminense. O atacante tem a venda de 75% dos direitos econômicosencaminhada para o Bétis, da Espanha, por R$70 milhões. Por ser um dos destaques da equipe, e cria das categorias de base do clube, a torcida criticou a venda. O presidente Mário Bittencout classificou como “medida impopular”.
De acordo comO Globo, o Fluminense precisou vender Luiz Henrique para evitar um colapso finaneiro. O clube tem quase R$100 milhões em dívidas de curto prazo. Sem receita prevista, precisou recorrer à venda do atacante para evitar que a dívida virasse uma bola de neve.
De acordo com a reportagem, o clube paga uma parcela mensal para o Independiente del Valle-EQU pelas compras deJunior Sornoza e Jefferson Orejuela. Em março a parcela é de R$3 milhões, valor que sobe para R$5 mi em maio e junho. Caso o Flu não faça o pagamento, corre o risco de ser punido pela Fifa e ser punido com a proibição de registro de novos jogadores.
Outro problema é salário atrasado. Com uma folha de R$9 milhões, incluindo funcionários e prestadores de serviço, o clube deve parcelas do 13º salário, o mês de fevereiro e está prestes a ter a folha de março fechada.
Por fim, o clube paga mensalmente R$3,5 milhões ao Regime Centralização de Execuções e o Profut. Essas dívidas precisam ser pagas. Caso contrário a Justiça poderá voltar a penhorar valores do Fluminense e prejudicar o caixa do clube.
Luiz Henrique não era a primeira opção
De acordo comO Globo, a diretoria tricolor não trabalhava com a hipótese de vender Luiz Henrique logo no início de 2022. O clube sabia da necessidade de conseguir receita e trabalhava com as hipóteses de vender Nino e Gabriel Teixeira. No entanto, o zagueiro não foi vendido por conta de um imbróglio com o Criciúma, e o atacante foi reprovado nos exames médicos quando ia fechar com o Al-Wasl, dos Emirados Árabes Unidos.