Mesmo com a eliminação da Copa do Mundo diante da Croácia, a seleção brasileira não saiu de mãos vazias da competição. Os brasileiros levaram para casa um prêmio de R$ 97 milhões por ter chegado até as quartas de final. O valor é o mesmo que foi pago pela Fifa a todas as quatro seleções que foram eliminadas nessa mesma fase.
O valor foi definido desde abril de 2022. A entidade máxima do futebol distribuirá no Mundial um total de US$ 440 milhões, equivalente a pouco mais de R$ 2,3 bilhões na cotação atual. A fatia que caberá a Brasil, Holanda, Portugal e Inglaterra é de US$ 18,5 milhões, ou R$ 96,9 milhões.
Esse prêmio é dividido entre a parte que é paga pela campanha até as quartas (US$ 17 milhões para cada seleção) e mais US$ 1,5 milhão dado a todos os 32 times para cobrir custos de preparação.
Se tivesse avançado às semifinais, o Brasil já teria garantido, pelo menos, mais US$ 8 milhões (quase R$ 42 milhões), já que o quarto colocado tem assegurado prêmio de US$ 25 milhões (R$ 131 milhões).
Há quatro anos, em 2018, quando também foi eliminada nas quartas de final, pela Bélgica, a seleção garantiu aos cofres da CBF pouco mais de R$ 92 milhões, segundo o balanço financeiro da entidade. Mais recentemente, em 2021, com o vice da Copa América, foram R$ 39,8 milhões dessa receita.
Mesmo com todo esse valor, esse prêmio não é suficiente para pagar um ano de seleção brasileira. Em seus demonstrativos, a CBF também revela quanto investe para manter a estrutura de comissão técnica de Tite e com viagens para a equipe principal.
Seleção não depende somente desse dinheiro
A seleção brasileira não depende só deste dinheiro para se manter. A CBF fatura muito mais com a seleção principal, responsável pela maioria (98%) dos patrocinadores da confederação (que injetaram R$ 318,8 milhões em seus cofres no último ano) e também por boa parte do que entra por direitos de transmissão (R$ 155,8 milhões).
Mas, caso dependesse da premiação da Copa para “se pagar”, o Brasil de Tite, Neymar e cia. teria que pelo menos chegar às semifinais, como fizeram Croácia, Argentina, Marrocos e França.