Panteras Negras FC: alternativa à gestão atual do Boavista

Um grupo de adeptos do Boavista fundou recentemente o Panteras Negras FC, um novo clube de futebol que visa representar os valores históricos da instituição axadrezada. O movimento surge, pois, como resposta à gestão da atual direção liderada por Rui Garrido Pereira, particularmente no que diz respeito ao projeto competitivo do futebol sénior.

O nome do clube carrega um forte simbolismo. Por um lado, remete para a claque Panteras Negras, historicamente associada ao Boavista. Por outro lado, recupera a designação original do clube fundado em 1903 – Boavista Footballers Club – numa tentativa de reivindicar as raízes axadrezadas.

O novo projeto surge igualmente como um movimento de contestação mais amplo entre os adeptos, que sentem que a ligação entre a direção do clube e os sócios tem vindo a enfraquecer. Muitos defendem que a criação do Panteras Negras FC representa uma forma de devolver voz ativa e participação direta à massa adepta, reforçando, portanto, o vínculo emocional e cultural com o clube.

Que nomes estão à frente do projeto e qual o objetivo?

O novo clube será liderado por Nuno Fonseca, o presidente da claque Panteras Negras, que assume então a presidência do Panteras Negras FC. Para liderar a equipa técnica foi escolhido Milton Ribeiro, um treinador com experiência nos distritais. A equipa técnica também conta com Pedro Cortez, nomeado diretor-geral, e Filipe Miranda, um antigo candidato às eleições do Boavista e agora diretor-desportivo do Panteras Negras FC.

O grande objetivo traçado é ambicioso: alcançar o Campeonato de Portugal no prazo de cinco anos. Aliás, o clube já formalizou a sua inscrição na Associação de Futebol do Porto (AF Porto) e competirá inicialmente no escalão mais baixo da competição.

Nuno Fonseca, presidente do clube. Foto: Panteras Negras FC.

Apresentação oficial perto do Estádio do Bessa

Ademais, a apresentação oficial da equipa ocorreu junto ao Estádio do Bessa, reunindo cerca de uma centena de adeptos. Este momento simbólico marca uma resposta à divisão entre a SAD do Boavista e o clube Boavista. Ambos estão inscritos também nos distritais da AF Porto, mas como entidades separadas.

Desta forma, o novo clube pretende assim ser uma alternativa à gestão atual do Boavista, mantendo os valores históricos da instituição e promovendo uma maior proximidade com os sócios e adeptos.