FC Porto eliminado do Mundial de Clubes
O FC Porto defrontou o Al Ahly esta terça-feira (24), às 2h, numa partida decisiva para as suas aspirações no Mundial de Clubes. Após um jogo absolutamente frenético, que terminou com um empate 4-4, os dragões foram eliminados da competição na fase de grupos.
No final da partida, vários jogadores do FC Porto expressaram a sua frustração pela saída precoce do torneio. Gabri Veiga, Stephen Eustáquio e Iván Marcano reconheceram então que o “não fomos Porto” marcou toda a temporada, identificando as principais falhas neste último desafio.
Gabri Veiga: “Com tantos golos ficámos um pouco malucos”
Em declarações ao Porto Canal, Gabri Veiga começou por destacar o esforço da equipa, mas lamentou que as coisas não tenham corrido como desejavam: “Acho que, primeiro que tudo, demos tudo dentro de campo, mas as coisas não correram como queríamos neste Mundial. Estivemos perto, mas as circunstâncias no outro jogo não correram bem, é futebol.”
Questionado sobre a incapacidade de estabilizar o jogo com o Al Ahly, o médio reconheceu que o descontrolo acabou por ser fatal: “É um jogo de dar e tomar. No final com tantos golos ficámos um pouco malucos, com muitos contra-ataques e transições. Faltou-nos um bocadinho de calma e, na segunda parte, queríamos materializar mas não conseguimos. Creio que fomos superiores até ao 3-3 e, depois, ressentimo-nos. Estamos tristes.”
Sobre a sua primeira experiência numa grande competição com a camisola azul e branca, Veiga mostrou-se grato: “Agradecer à equipa técnica pela confiança e oportunidades. Sabia que ia ser difícil, foi uma mudança muito grande na minha carreira, mas estou tranquilo, porque dei tudo. Há muito por demonstrar e melhorar, agradeço a todos os meus companheiros.”
Eustáquio e Marcano apontam falhas e agradecem aos adeptos
Stephen Eustáquio, em entrevista à DAZN, fez um balanço direto: “É difícil. Não fomos Porto nestes três jogos. Uma equipa que se coloca a vencer e depois sofre uma ‘remontada’ do Inter Miami, neste jogo marcamos e sofremos logo a seguir, são momentos difíceis que uma equipa que joga um torneio destes não pode ter“, explicou.
O médio reforçou ainda que, apesar das oscilações, houve momentos em que a equipa mostrou a verdadeira identidade portista. “Sobre este jogo em específico, fomos avisados para encarar todos os duelos como se fossem os últimos. Por momentos fizemos isso, por momentos fomos Porto e por isso é que fomos atrás do resultado. Infelizmente ficou curto.”
Assim, o capitão Iván Marcano também reconheceu as debilidades da equipa: “Faltaram coisas, é óbvio que durante a época não conseguimos atingir os objetivos mínimos. Tínhamos que ganhar o jogo e por uma grande diferença. Foram as transições, não conseguimos pará-los e acabou assim o jogo”. Por fim, deixou uma mensagem aos adeptos portistas. “Quero agradecer, tentámos fazer melhor, mas não deu. É um grupo que quer mais. Obrigado por apoiarem.”