Palmeiras e Botafogo empolgam Mundial de Clubes

O Mundial de Clubes entra nas eliminatórias e logo nos oitavos-de-final vamos ter um dos mais aguardados embates da prova até ao momento, um escaldante Palmeiras x Botafogo. Um jogo que está a fazer parar o Brasil e que, além dos clubes em confronto, tem também o aliciante de colocar frente a frente dois velhos amigos.

Abel Ferreira, do Palmeiras e Renato Paiva, do Botafogo, são os treinadores. Ambos portugueses e amigos de longa data. Este é um dos detalhes mais interessantes deste desafio e que desperta mais atenção, não apenas por questões táticas, mas também pessoais.

Os dois técnicos conhecem-se há vários anos. Tal como contado pelo site da FIFA, a amizade que liga ambos é profunda. Nos tempos da pandemia do COVID-19, costumavam passar horas, quase diariamente, em encontros online, com o também treinador Nuno Campos, a discutir futebol.

Na altura, Abel era o treinador dos gregos do PAOK, enquanto Renato estava ainda na estrutura das camadas jovens do Benfica. Já no Independiente del Valle, Abel ajudou Renato numa eliminatória da Libertadores contra o Grémio: “Na altura o Abel ajudou-me com algumas informações úteis sobre o Grémio”, contou o técnico do Fogão.

Quem ganhará no embate entre Palmeiras e Botafogo?

Quem ganhará no embate entre Palmeiras e Botafogo?

Palmeiras
Botafogo
Empatam e vão a prolongamento

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O que esperar desde jogo?

Agora não haverá ajudas para ninguém. Como se costuma dizer, “amigos, amigos, negócios à parte”. Os dois técnicos vão tentar ganhar e desfeitear o seu amigo. Tendo em conta a forma profunda como ambos se conhecem, é de esperar um jogo taticamente muito interessante.

O Botafogo tem estado, talvez, mais exuberante que o Palmeiras, apesar de o Verdão ter terminado no primeiro lugar do Grupo A e o Botafogo em segundo no B. É que pela frente, Renato Paiva teve o PSG, campeão da Champions League e, provavelmente, a equipa no mundo em melhor forma.

Destemido, Renato Paiva montou um sistema que surpreendeu os gauleses e venceu por 1-0, numa das primeiras grandes surpresas do Mundial de Clubes. A formação brasileira adaptou o seu jogo aos pontos fortes do PSG e colheu frutos.

Renato Paiva tem brilhado no banco do Botafogo. Foto: Stu Forster/Getty Images

Potencial para encaixe tático

Nessa partida, o Botafogo optou por um sistema de 4-3-3, com povoamento do meio-campo para anular a força francesa nessa zona, com os três médios a bascularem muito e a limitarem o jogo contrário pelas alas. Contudo, o Fogão costuma jogar de outra forma.

Palmeiras e Botafogo deverão apresentar esquemas semelhantes, mais aproximados de um 4-2-3-1. No Brasileirão, a equipa de Abel Ferreira costuma apostam num 3-4-2-1, mas tanto na Libertadores, como neste Mundial tem regressado a um esquema de quatro defesas.

Assim, e conhecendo-se bem, os dois treinadores deverão entrar com cautelas, as equipas deverão encaixar e a luta pelo domínio do meio-campo será, certamente, fulcral para o desenlace final. É de esperar que o Botafogo tente, antes de tudo, fechar espaços entrelinhas e apostar em transições rápidas.

Deste modo, a batalha tática que se espera neste desafio poderá trazer poucos golos a este embate. A não ser que uma das equipas marque cedo e obrigue a outra a abrir e a dar espaços. De notar, porém, que o Palmeiras não vence este seu oponente há cinco jogos, com o Botafogo a registar três triunfos nesta série. Como será no Mundial de Clubes?