Paulo Fonseca não acredita num bom desfecho
Paulo Fonseca esteve na semana passada no Comité Olímpico Francês (CNOSF) para tentar reduzir o castigo de nove meses que lhe foi aplicado pelo Comité de Disciplina da Ligue 1, no passado mês de março. Porém, o treinador está pouco seguro de numa redução da penalização.
“Não estou nada confiante, como posso? Na verdade, nem pude falar. Não pude defender-me”, afirmou o técnico do Lyon, que está proibido de frequentar o balneário da equipa ou sentar-se no banco até 30 de novembro. Um castigo pesado que tem fragilizado o trabalho de Paulo Fonseca no emblema gaulês.
A 2 de março, recorde-se, o treinador teve uma altercação com o árbitro Benoît Millot, do Lyon – Brest, em jogo da Ligue 1. Foi expulso e, apenas três dias volvidos, a entidade disciplinar da Liga francesa aplicou uma punição severa de nove meses que, efetivamente, apanhou muitos de surpresa.
O castigo a Paulo Fonseca foi justo?
O castigo a Paulo Fonseca foi justo?
2 PESSOAS JÁ VOTARAM
Juiz perplexo com atitude
“Nem tive a oportunidade de me defender. Por isso, acho pouco provável que algo vá mudar no castigo. É incrível”, afirmou Paulo Fonseca. O lance foi aparatoso, com o treinador a encostar a cabeça ao juiz da partida. “Parece que houve um toque de narizes”, revelou na altura Millot.
“Fiquei especialmente surpreendido com a atitude intimidatória e agressiva, pouco habitual num treinador profissional“, declarou na altura o árbitro. O evento foi provocado por uma ida do juiz ao VAR para assinalar um eventual penálti para o Brest, algo que nem acabou por acontecer.
Lyon estranhou rapidez da decisão
Na altura do anúncio do castigo, o Lyon declarou “estranheza incomum” pela velocidade com que o português foi castigado, apenas três dias depois, e anunciou que iria recorrer da punição. “Estamos a estudar todas as possibilidades de recurso”, lia-se em comunicado.
Várias figuras do futebol defenderam Paulo Fonseca pela dureza do castigo. Um deles foi mesmo Jürgen Klopp, ex-técnico do Liverpool. “Há imagens minhas parecidas com árbitros. Parece-me que a diferença entre nenhum cartão vermelho e uma suspensão de nove meses é pequena”, disse na altura.
No final do encontro, que garantiu a vitória do Lyon, Paulo Fonseca pediu desculpa pelo sucedido, referindo que “nunca deveria tê-lo feito”. Isto apesar de, posteriormente, ter defendido: “nunca toquei no árbitro“. O pedido, contudo, não surtiu qualquer efeito.