O antigo selecionador francês Raymond Domenech criticou fortemente a decisão do Real Madrid em não ter aparecido na gala da Bola de Ouro 2024. O clube da capital espanhola decidiu não comparecer após saberem que o troféu de melhor jogador do mundo não seria entregue a Vinicius Júnior.

Raymond Domenech não “poupa” o Real Madrid: “Francamente repulsivo”

Diz-se que o Real Madrid é um grande clube. O próprio Real Madrid quer que se diga que é um grande clube. No entanto, verifica-se que é, afinal, pequeno. Muito pequeno! Aquilo que o Real Madrid fez foi absolutamente patético. Mostraram desrespeito pelo futebol, pelos outros participantes na gala e pelos vencedores. É francamente repulsivo“, afirmou duramente e sem “meias medidas” o treinador que está atualmente sem clube.

Para além disso, Raymond Domenech comentou sobre o facto de referirem que o Real Madrid pressionou os organizadores para saber antecipadamente o nome do vencedor da Bola de Ouro. “Terrível, repito, terrível comportamento de um clube que se diz grande. Alguém definiu bem este clube ao dizer algo como isto: ‘O Real só começa um jogo quando sabe o resultado que vai alcançar’. Têm de compreender que o mundo do futebol não gira à sua volta. O Real tem uma camisola branca, mas, na minha opinião, anteontem, essa camisola estava muito manchada“, rematou.

O ex-selecionador francês colocaria um pódio igual

O técnico, que assumiu a seleção de França entre 2004 e 2010, salientou igualmente os prémios que a equipa madrilena conquistou na gala. “O Real foi eleito a melhor equipa masculina do ano, Kylian Mbappé foi o máximo goleador com Kane, Carlo Ancelotti foi o [melhor] treinador. Mas não, não foi suficiente para eles e exigiram a certeza de que o Vinicius iria ganhar”, disse Domenech.

Por fim, o francês de 72 anos acrescentou que os três primeiros classificados (Rodri Hernández, Vinicius Júnior e Dani Carvajal) são exatamente os três que ele teria colocado e pela mesma ordem.

O jogador do Manchester City venceu, assim, o troféu individual mais desejado e tornou-se apenas no terceiro futebolista espanhol a ser galardoado com este prémio. As lendas Alfredo di Stéfano (em 1957 e 1959) e Luis Suárez (em 1960) foram os únicos que o fizeram antes de Rodri.