Futebol Europeu

Filipa Patão, a sexta melhor treinadora na Bola de Ouro: "O passo é conseguirmos ter mais Filipas aqui"

A portuguesa foi campeã nacional pelo Benfica; já a britânica Emma Hayes, campeã inglesa e olímpica, venceu o prémio

Filipa Patão na 68.ª cerimónia da Bola de Ouro. Foto: Imago.
© IMAGO/NurPhotoFilipa Patão na 68.ª cerimónia da Bola de Ouro. Foto: Imago.

A portuguesa Filipa Patão marcou presença na cerimónia da 68.ª gala da Bola de Ouro, em Paris. Como treinadora do Benfica, foi nomeada para o prémio Johan Cruyff, referente ao melhor treinador de futebol feminino do ano. Apesar de ter terminado no sexto lugar, numa lista liderada por Emma Hayes (campeã olímpica pelos Estados Unidos e campeã inglesa pelo Chelsea), a técnica lusa mostrou-se muito honrada pela presença na gala.

“Foi um dia maravilhoso”

É uma honra estar aqui no meio de tantas personalidades do futebol que já deram tanto ao futebol, em geral, e fazer parte das seis melhores treinadoras do futebol feminino é, sem dúvida alguma, uma honra. É representar um país, um clube, neste caso o Benfica e toda a aposta que tem feito no feminino. Só posso estar orgulhosa neste dia e aproveitar estar aqui, com todo o trabalho que tem sido feito ao longo destes anos. Foi um dia maravilhoso“, começou por referir, em entrevista à Sport TV.

Sobre a evolução que o futebol feminino tem tido, a treinadora mencionou o seguinte: “É uma valorização que estão a tentar fazer ao longo dos anos do desporto feminino e não apenas do futebol masculino. Em Portugal, tem-se visto isso, neste caso no meu clube, o Benfica, tem-se visto isso ao longo do tempo. Cada vez mais temos de caminhar para a palavra futebol e não especificarmos se é masculino ou feminino“, salientou, antes de deixar mais umas palavras sobre a importância de não haver “distinção”.

“Claro que é sempre bom haver estes prémios. Vermos que olham para o futebol feminino cada vez mais. Mas interessa-nos que nos digam que aquela treinadora é uma excelente treinadora de futebol, aquela jogadora é uma excelente jogadora de futebol e que se comece a apagar um bocadinho o feminino e o masculino. É por isso que lutamos todos os dias. É uma honra enquanto portuguesa, enquanto treinadora e enquanto trabalhadora do Benfica estar aqui hoje a representar mais uma vez Portugal“, destacou, antes de revelar qual deve ser o próximo passo.

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“Somos um país de desporto, não somos só um país de futebol”

«O passo é conseguimos ter mais Filipas, mais treinadoras e jogadoras presentes aqui neste palco. É um bom sinal, é um sinal de evolução do nosso futebol. Ter cada vez melhores recursos, melhores logísticas, que o país consiga promover as condições ideias para o desporto. Somos um país de desporto, não somos só um país de futebol. Temos de olhar para isso cada vez mais e como nós podemos melhorar a nossa cultura desportiva. Isso tem muito a ver com as nossas infraestruturas, a logística, os recursos que, cada vez mais, têm de ser melhores no nosso país”, explicou.

Filipa Patão aproveitou igualmente a entrevista de “rescaldo” da Bola de Ouro para dar umas palavras ao seu clube e ao presidente Rui Costa. “O Benfica, felizmente, tem-nos dado todas as condições para trabalharmos, para que as atletas continuem a evoluir. Não é por acaso que na época, a primeira que fizemos no Seixal, e tenho de agradecer ao nosso presidente Rui Costa por essa aposta e promoção que nos deu, assistimos ao Benfica a ganhar todos os títulos no feminino e a chegar aos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Isto é um convite a todos os clubes a apostarem, a cada vez mais darem melhores condições e à nossa Federação para continuar a apostar e a fazer um excelente trabalho com o futebol feminino”, rematou.

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“Não se pode falar de justo ou injusto”

Por fim, ainda houve espaço para dar a opinião sobre os vencedores da noite, nomeadamente Rodri e Emma. “Vão ser sempre todos justos vencedores, porque fazem todos um excelente trabalho. Porque dão muito de si no seu dia a dia e são pessoas que, tal como eu e como outros, fazem tudo para desenvolver ao máximo as suas profissões para conseguirem serem pessoas competitivas, competentes e exemplos para a sociedade e para quem quer dar esses passos, seja como treinadores ou como jogadores. Aqui não se pode falar de justo ou injusto“, concluiu.

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