Pedro Proença derrotado

Pedro Proença, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), não conseguiu ser eleito para o Comité Executivo da UEFA. Com a derrota desta quinta-feira (3), Portugal perde assim poder de decisão no maior organismo do futebol europeu, enquanto se prepara para organizar o Mundial 2030, juntamente com Espanha e Marrocos.

A votação decorreu durante o Congresso da UEFA, em Belgrado na Sérvia, com a participação dos representantes das 55 federações que integram a entidade. Mas o presidente da FPF obteve apenas 7 votos, terminando em último lugar entre os 11 candidatos. Assim, esta foi a pior votação de sempre de um candidato ao Comité Executivo da UEFA.

Foram então eleitos os seguintes dirigentes: o italiano Gabriele Gravina, o croata Marijan Kustic, o finlandês Ari Lahti, o arménio Armen Melikbekya, o holandês Frank Paauw, o estónio Aivar Pohlak e o alemão Hans-Joachim Watzke.

Polémica com Fernando Gomes

O fracasso da eleição de Pedro Proença surge no seguimento de uma polémica com Fernando Gomes, seu antecessor na FPF. De recordar que Proença afirmou contar com o apoio de Gomes na sua candidatura, mas o atual presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) desmentiu esse apoio e fez duras críticas ao novo líder da FPF.

Perante esta situação, a FPF reuniu de urgência para reagir a uma carta enviada por Fernando Gomes aos presidentes das federações europeias. Posteriormente, solicitou uma audiência com o Presidente da República e enviou uma exposição ao Conselho de Ética do COP.

Fernando Gomes criticou Pedro Proença. Foto: Getty Images

A FPF sempre sublinhou a importância de ter um representante português no Comité Executivo da UEFA“, numa mensagem que foi ecoada pela Liga Portugal e os clubes nas últimas semanas. No entanto, essa representação não se concretizará em 2025.

“Hoje perdemos todos”, reagiu

Entretanto, Pedro Proença já reagiu à derrota através de um comunicado publicado no site oficial da FPF: “Hoje o futebol português saiu derrotado! Perderam os jogadores, os treinadores, os árbitros, os dirigentes, os clubes, as associações distritais, as associações de classe, a Liga. Hoje perdemos todos.”

Mas deixo-vos uma garantia: em 2027, num contexto mais favorável, e com todos imbuídos do mesmo sentimento e unidos pelo mesmo objetivo, iremos colocar o futebol português no lugar que é nosso por direito próprio! E esse será, daqui para a frente, estou seguro disso, um desígnio nacional“, concluiu Proença.