O que esperar do clássico?
FC Porto e Benfica vão protagonizar um dos jogos mais aguardados da ronda 28 da Liga Portugal. Nesse sentido, os dragões têm uma espécie de último match ball tendo em vista uma hipotética luta pela conquista do título, por outro lado, as águias procuram não perder pontos numa casa de má memória e aniquilar as esperanças do rival da Invicta.
Assim, a poucas horas do clássico de número 182 entre ambos no campeonato, o comentador Filipe Coelho analisou algumas das chaves que podem ser decisivas na partida.
“O FC Porto está numa trajetória afirmativa nos últimos dois jogos. As exibições frente ao AVS e ao Estoril foram, seguramente, as duas melhores desde que Martín Anselmi assumiu os comandos da equipa. Por outro lado, nos últimos seis jogos em casa, os dragões só venceram um, portanto, aquela ideia de que o Estádio do Dragão é uma muralha, tem-se esbatido um pouco“, disse o especialista em declarações ao nosso site.
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A fase de dragões e de águias!
Entretanto, na classificação da prova, os encarnados têm mais nove pontos do que o próximo opositor e Bruno Lage pode jogar com esse fator. “Em relação ao Benfica, creio que também está na melhor fase da temporada, não só do ponto de vista dos resultados, mas mesmo em termos da série exibicional, de consistências nas performances. O último jogo que não venceu na Liga foi em janeiro frente ao Casa Pia“, explicou.
Em seguida, o que poderemos esperar dos onzes que vão iniciar a partida. Os dois técnicos podem estar a preparar algumas surpresas? “No FC Porto, existe a dúvida sobre se Anselmi vai manter a aposta no falso central ao lado de Marcano e de Nehuén Pérez. Se Eustáquio atuará nessa posição ou se opta por recuperar Otávio ou ainda Zé Pedro para ter um trio de centrais mais declarado. Nos visitantes, há a curiosidade de saber se Di María vai ser lançado de início, se Lage vai optar por ter mais criação e fantasia, mas, eventualmente, perdendo alguma coesão defensiva”, sublinha a analista da DAZN e da Rádio Observador.
Goleada na Luz foi ferida que Vítor Bruno nunca estancou!
Com efeito, no histórico de confrontos entre portistas e benfiquistas na Liga no reduto dos nortenhos, já ocorreram 90 partidas, com a balança a pender para o lado dos da casa com 53 êxitos, 15 vitórias dos lisboetas e ainda tivemos 22 empates. Entretanto, na primeira volta o Benfica goleou por 4-1.
“O aspeto emocional do FC Porto, se é uma equipa que já está mais preparada para lidar com este tipo de jogos. É bom lembrar que a partida na Luz na primeira volta foi um marco importante no reinado de Vítor Bruno, ficou depois desse encontro uma ferida muito aberta que o treinador nunca mais conseguiu recuperar. Além disso, o FC Porto ainda não conseguiu vencer esta época nenhum clássico no campeonato e isso é uma marca que a equipa quererá evitar. Não acontece desde a temporada 2020/21″, constata Filipe Coelho.
Em síntese, o especialista destaca a maior profundidade do leque de opções por parte dos forasteiros, em contraponto com as escolhas que Anselmi tem à disposição. “O Benfica, em função do resultado, poderá lançar mais peças em relação ao FC Porto. Poderá ter no banco Bruma, Amdouni, Belotti, Schjelderup, Di María ou Aktürkoğlu. Diria que do ponto de vista tático é mais fácil para Bruno Lage adotar outro tipo de contexto ou de estrutura tática com a entrada de Samuel Dahl e a equipa a passar a jogar com três arás com Carreras como central pela esquerda. Martín Anselmi estará mais limitado em termos individuais”, explana.
Quem poderá decidir o duelo?
Por fim, quem são os jogadores que podem ditar a diferença no encontro? O comentador destaca quatro nomes, dois de cada um dos lados. “Rodrigo Mora e Fábio Vieira são os mais fantasistas, são jogadores capazes de fazer algo diferente, mesmo que a equipa em termos coletivos possa vir a não dar a melhor resposta”, afirma.
“Do lado do Benfica, Álvaro Carreras por ser uma arma tática e um jogador fundamental para definir os ataques, não só quando joga como central, seja como lateral mais de profundidade, é um jogador com uma ótima definição de passe, muito boa visão de jogo. E depois Vangelis Pavlidis, está num ótimo momento de forma, é um jogador que sabe ligar, soltar depois a bola para os extremos e tem capacidade para aparecer na área e depois finalizar com muita qualidade”, concluiu.
Em síntese, azuis e encarnados farão o clássico de número 181 no campeonato, nos anteriores o FC Porto tem 72 conquistas, registaram-se 49 empates e 60 vitórias do Benfica.