Rufai foi figura no Farense e no Gil Vicente

Que dia! Após a morte de Diogo Jota e do seu irmão André Silva, surge agora a notícia do desaparecimento de Peter Rufai, antigo guarda-redes do Farense e do Gil Vicente e internacional pela Nigéria, que marcou uma era no futebol português.

Quem já viveu mais primaveras lembra-se, com certeza, de Peter Rufai. O imponente guarda-redes nigeriano jogou em Portugal e quem acompanhava o futebol luso na década de 90 do século passado recorda-se, certamente, do jogador.

Peter Rufai faleceu esta quinta-feira, reporta a imprensa nigeriana, aos 61 anos de idade, vítima de doença prolongada. O “Príncipe”, como era alcunhado, por ser filho de um rei tribal na Nigéria, foi também uma figura lendária no futebol do seu país, em especial na seleção.

Figura do Farense

Rufai chegou a Portugal em 1994, após jogar pela Nigéria no Mundial desse ano. Também em 1994, ajudou o seu país a conquistar a Taça das Nações Africanas. O Farense foi a porta de entrada no campeonato luso, logo após o Campeonato do Mundo, e no Algarve ficou até parte de 1996/97.

Ao longo de duas temporadas e meia, Rufai ajudou o emblema de Faro a qualificar-se pela primeira vez para as competições europeias. Depois, na temporada seguinte, foi também um dos elementos que jogou pelos algarvios nas provas da UEFA.

Peter Rufai venceu a Taça das Nações Africanas pela Nigéria. Foto: Shaun Botterill /Allsport

Passagem por Espanha

A sua fama e qualidade levaram o Hercules, de Espanha, a apostar nas suas qualidades na segunda metade de 1996/97. Aliás, acabou por não ficar muito tempo no clube e deu, em 1997/98, um salto na carreira, para o então poderoso Deportivo La Coruña.

O nigeriano permaneceu duas épocas na Galiza e, após apenas nove partidas em todas as competições, Rufai regressou a Portugal, para representar o Gil Vicente. “Filho de Portugal”, como chegou a considerar-se, fez apenas dois jogos nos minhotos e ali pendurou as luvas.

Pela seleção da Nigéria estreou-se com apenas 19 anos, dez meses e 15 dias de idade e foi precisamente pelo seu país, pelo qual somou 65 internacionalizações, que conquistou o único título da sua carreira, a Taça das Nações Africanas de 1994.