Emoção
Renato Veiga manteve a confiança de Roberto Martínez e voltou a ser chamado pelo selecionador de Portugal. O jogador de 21 anos fez nesta quarta-feira (9) a antevisão dos próximos dois jogos contra a Polónia e Escócia.
“Foco-me a cada treino, tento dar o meu melhor. Sou um jovem que vive muito o dia-a-dia. Tento ser melhor todos os dias e, depois, as consequências do trabalho vêm. Todos podem ser utilizados e isso cabe ao mister decidir. Temos de dar o nosso melhor para ganhar cada jogo”, começou por dizer o jogador do Chelsea durante a conferência de Imprensa que decorreu na tarde desta quarta-feira (9) na Cidade do Futebol, em Oeiras.
“A expectativa é dar o meu melhor, aproveitar e desfrutar ao máximo. Focar-me no que controlo e o resto deixar para quem controla. Sinto-me bem em diversas partes do campo. No Chelsea já joguei a lateral, a central, a médio mais defensivo, também a médio mais interior. É onde o mister achar que devo jogar. Assim o farei se for chamado para jogar”, considerou.
Preparado para ser titular
Olhando para os próximos dois jogos, Veiga espreita uma vaga no onze titular ao lado de Rúben Dias. “Creio que a idade é só um número, o que importa é o rendimento. Damo-nos todos muito bem. Estou muito contente por estar aqui, quero aprender ao máximo e mostrar o meu valor. Que Portugal ganhe os dois jogos que tem pela frente”, disse.
Formado no Sporting, Renato acabou por não singrar de leão ao peito e aventurou-se, primeiro no Augsburgo, depois no Basileia e desde o verão que ingressou no todo-o-poderoso Chelsea.
Renato Veiga tem qualidade para ser titular na Seleção de Portugal?
Renato Veiga tem qualidade para ser titular na Seleção de Portugal?
2 PESSOAS JÁ VOTARAM
“Decidir sair do Sporting e fazer o meu caminho por fora. Até me arrepio quando penso nesse trajeto. Foi rápido. Não foi fácil sair da casa da minha família com 18, 19 anos e ir para a Alemanha sozinho. Depois, Suíça e, agora, Inglaterra. Estou feliz e muito orgulhoso do meu percurso, mas ainda há muito a percorrer”, afirmou.
“Até me arrepio, sinceramente. Sou alguém que trabalha muito e que quer muito atingir os objetivos. Pode-se dizer que foi rápido, mas se calhar não senti isso porque passei vários momentos bons e menos bons. Não foi fácil sair do lado da minha família para ir para a Alemanha, depois Suíça e agora Inglaterra. Fez-me crescer muito. Estou muito feliz e orgulhoso pelo meu percurso”, acrescentou, não guardando mágoa por não ter sido aproveitado por Rúben Amorim.
“Fiz o meu percurso no Sporting”
“Fiz o meu percurso no Sporting, depois não fui aposta no momento e decidi sair. Fiz o meu caminho por fora e cá estou. Ainda há muito para percorrer, mas estou orgulhoso do meu percurso, sabendo que ainda há um longo caminho a percorrer para chegar onde quero”.
“Não digo que algo falhou. Cada jogador tem o seu percurso. Estou muito grato ao Sporting pelas 13 épocas que vivi. Na altura, o mister Rúben Amorim decidiu não apostar em mim e fiz o meu percurso lá fora. Estou grato por isso. Talvez não estivesse cá desta forma. Regressar? Vivo o dia-a-dia. Tenho um carinho muito especial pelo Sporting, mas agora estou muito contente por estar no Chelsea”.
Ao contrário de Kimmich, o atleta luso afirma que o calendário de jogos está bem preenchido, no entanto…
“São coisas que não controlamos, apenas nos limitamos a fazer o nosso trabalho. Para os jovens, estamos cheios de vontade de jogar, quanto mais jogos, melhor. Mas que é verdade que o calendário está sempre mais preenchido e que é preciso ter atenção à saúde dos jogadores, é algo a ter em conta”, observou.
Emocionado
Antes de terminar, o polivalente jogador agradeceu todo o apoio que recebeu da família.
“Passou-me pela cabeça o meu avô, que infelizmente já não está cá e fez muito por mim desde que sou jovem. O meu avô Zé. Também não me vou alongar muito. Acho que era bonito passar aqui e deixar-lhe uma mensagem e dizer o quão grato estou por tudo o que fez por mim. Tenho a certeza que me está a ver e tudo isto é por ele também e pela minha avó que está cá”, frisou.
Portugal continua a preparar os próximos dois jogos do Grupo A1 da Liga das Nações. No próximo sábado (12) desloca-se a Varsóvia para medir forças com a Polónia e três dias depois estará em Glasgow para defrontar a Escócia. Ambos os jogos estão agendados para as 19h45.
Volvidas duas jornadas, a seleção portuguesa soma seis pontos e lidera o agrupamento à frente da Croácia e Polónia. Os escoceses ocupam o último posto.