Rui Borges, treinador campeão nacional pelo Sporting, aponta à Taça de Portugal: “Vou fazer tudo para…”

Sporting campeão nacional com Rui Borges

O Sporting sagrou-se campeão da Liga Portugal. Depois da celebração no último fim de semana, os leões preparam agora a final da Taça de Portugal, onde vão defrontar o Benfica, no próximo domingo (25), às 17h15. O grande objetivo passa por alcançar a dobradinha.

O treinador Rui Borges falou aos meios de comunicação do clube, partilhando as emoções vividas nos últimos dias. “Toda a gente devia viver aquilo uma vez na vida. Espero que, para mim, tenha sido a primeira de muitas”, começou por dizer. Bem acolhido em Alvalade, sublinhou que “família é a palavra mais certa para definir o Sporting.”

Então, recordou um jogo que, segundo ele, ficará para sempre na memória: “O jogo que me marcou mais acabou por ser com o Gil Vicente. No meu discurso antes do jogo disse que o jogo do título não ia ser com o Benfica, mas sim naquele dia. Disse que era aquele jogo que nos ia dar o título. Quando o Quaresma fez golo, corri como um ‘tontinho’ (risos).”

“Vou fazer tudo para conquistar a Taça de Portugal”

Rui Borges chegou ao Sporting a meio da temporada, para orientar um plantel que estava desmotivado e sem referências após as saídas de dois treinadores. Por isso, aproveitou para agradecer ao presidente Frederico Varandas pela confiança depositada: “No primeiro abraço que lhe dei depois do jogo, agradeci pela confiança e por acreditar numa equipa técnica que não tinha um passado tão glorioso quanto isso. Era mais trabalho do que outra coisa, porque não tínhamos troféus nenhuns.”

Reflectindo sobre o seu percurso, apontou então à final da Taça de Portugal: “O maior sonho era ser campeão nacional e concretizei-o. Mas como venho de escalões inferiores, quero disputar a final da Taça por toda a beleza. Vou fazer tudo para conquistar a Taça de Portugal.”

Elogios aos jogadores

Rui Borges destacou então uma equipa com espírito coletivo e a ausência de egos. Assim, falou sobre alguns jogadores em particular: “O Morten [Hjulmand] ganha o respeito logo com a sua imagem, pelo carácter e tranquilidade. Tem sido um grande líder dentro e fora de campo, dá um grande exemplo, tal como o Viktor [Gyokeres]. Ninguém pode ficar atrás do que eles tentam dar à equipa. São muito agregadores na ambição. Foram dois pilares.”

De seguida, referiu também outros nomes importantes: “Também não posso esquecer jogadores muito importantes para o balneário como o Nuno Santos, que esteve lesionado e tem uma resiliência diária. Quer ser melhor, voltar e ganhar. O Matheus Reis e o Ricardo Esgaio ganharam tudo no Sporting e são muito importantes porque são a imagem do clube. O Daniel Bragança teve uma lesão grave e olham para ele como um símbolo da nossa formação.”

O treinador falou então sobre Francisco Trincão: “O Trincão foi dos que mais me surpreendeu. A ver de fora, olhava para ele como um jogador especial no sentido técnico, mas a capacidade de trabalho tem sido indescritível. Achava que era só um virtuoso, mas não. Até pode perder 20 bolas que nunca o vou chatear. Está muito melhor do que era quando foi para o Barcelona.”

Por fim, ele deixou uma nota especial para o guarda-redes Franco Israel: “O Rui Silva tem demonstrado ser um grande guarda-redes, mas o Franco tem uma personalidade que eu adoro. Falam muito da amizade dele com o Trincão, mas ele é muito amigo de toda a gente. Respeitou sempre a minha opção de apostar no Rui Silva e tem um dia-a-dia feliz. Nunca vejo aquele rapaz triste, está sempre a puxar pelos colegas.”