Kylian Mbappé cumpriu um sonho, no último verão, quando assinou pelo Real Madrid, após ter estado no PSG. Mas, antes de cumprir esse mesmo sonho, o jogador viveu uns últimos tempos conturbados ao serviço do clube parisiense, que contaram com inúmeras reuniões com o presidente e dono do clube, Nasser Al-Khelaïfi.
Era uma vez…uma carta
O reputado jornal L’Équipe, na sua mais recente edição, detalha vários reuniões e diversas discussões entre o dono do PSG e o internacional francês. Primeiramente, a relação entre Mbappé, atual jogador do Real Madrid, e Al-Khelaïfi, o dono do Paris Saint-Germain, começou a ficar fragilizada em junho de 2023.
Nessa altura, o avançado enviou uma carta para a sede do clube a indicar que não renovaria o seu contrato. Este aviso concretizou-se um ano depois, quando o atacante assinou pelo clube da capital de Espanha, apesar das tentativas do presidente em dissuadi-lo.
O caso volta a ter contornos em fevereiro deste ano, quando Mbappé solicitou uma reunião privada com Al-Khelaïfi. Durante esse encontro, o capitão de França confirmou que não assinaria um novo contrato com o clube. Inconformado com a notícia, o presidente parisiense supostamente avisou-o de que ele não se juntaria ao Real. Porém, essa situação, segundo o jornal, fez o jogador rir-se na sua cara.
Veja também
PSG: Documentário mostra bronca de Luis Enrique a Mbappé
Mbappé recusou receber Al-Khelaïfi na sua casa
A partir daí, Luis Enrique, o treinador do clube, terá recebido indicações do topo para que diminuísse o tempo de jogo do capitão da seleção. De facto, isso foi algo que aconteceu nos meses seguintes, onde o técnico espanhol procurou preparar a equipa para a futura perda da estrela francesa.
Durante esses momentos, Mbappé terá sido relembrado pelo presidente do PSG sobre o acordo que ambos tinham para que o atleta perdoasse na totalidade a dívida de 55 milhões de euros que o clube tinha, devido a pagamentos em atraso.
A relação foi piorando com o tempo e a tensão atingiu um novo auge quando Kylian recusou receber Nasser na sua casa. Ele não queria, segundo a publicação, encontrar-se numa situação semelhante àquela que viveu em 2022. Aí, o dono do conjunto francês fez grandes esforços para renovar o contrato do craque, enquanto a maioria já acreditava que ele assinaria realmente pelo Real Madrid.
Até é justamente o contrato assinado em 2022 que se tornou igualmente em alvo de polémica. Apesar de ter posado com uma camisola com o número 2025 quando renovou, ele não quis ativar a cláusula de extensão do vínculo por mais um ano.
Quem terá razão nesta \'polémica\'?
Quem terá razão nesta \'polémica\'?
0 PESSOAS JÁ VOTARAM
O copo transbordou e a relação “acabou”…
Contudo, no meio já de muita confusão, a chamada “gota de água que fez transbordar um copo“, que estava cheio há algum tempo, surgiu em maio deste ano. Por essa altura, o PSG perdeu com o Toulouse na última jornada da Ligue 1. Nos instantes seguintes, Al-Khelaïfi terá ordenado a Luis Enrique para não voltar a convocar Ethan Mbappé, o irmão de Kylian Mbappé, para os jogos do PSG.
Por fim, perante as lágrimas do irmão no balneário, o craque francês não perdoou. Inclusive, o jogador reivindicou o direito a receber os 55 milhões de euros em salários e bónus não pagos. Além disso, prometeu avançar até às últimas instâncias para ser recompensado – uma promessa que claramente tem cumprido.
Veja também
Vitinha afirma que PSG está mais forte após a saída de Kylian Mbappé