Benni McCarthy: “Bruno Fernandes é um grande portista”

Sul-africano tece rasgados elogios a trio de portugueses. Receção do FC Porto ao Man- United agendada para esta quinta-feira a partir das 20h00.

 Benni McCarthy, antigo jogador do FC Porto e ex-ajunto do Man. United. Foto: Imago
© IMAGO/PA Images Benni McCarthy, antigo jogador do FC Porto e ex-ajunto do Man. United. Foto: Imago

Outro FC Porto

Benni McCarthy vai ser um espetador atento do FC Porto vs Manchester United, jogo da segunda jornada da Liga Europa que vai decorrer a partir das 20h00 desta quinta-feira no Estádio do Dragão.

“O FC Porto é uma equipa diferente quando joga em casa. No jogo em Bodo, na Noruega, não reconheci o meu FC Porto. Talvez tenha sido o piso artificial, porque normalmente os jogadores não gostam de jogar nessa relva. Mesmo assim, acho que a falta de qualidade demonstrada pela equipa foi indesculpável. O Porto devia ter feito muito mais, mas agora tem uma oportunidade tremenda para derrotar o Manchester United. Acredito, sinceramente, que o FC Porto tem equipa suficiente para ganhar e pode tirar partido da tremenda pressão que existe sobre o United”, referiu o antigo goleador em entrevista ao ZeroZero.   

O FC Porto vai ganhar ao Manchester United?

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Nas duas últimas épocas, o sul-africano foi adjunto de Erik Ten Hag e comentou o estado da nação no reino dos red devils.

Elogios e reparos a Ten Hag

“Taticamente o Erik é um dos treinadores mais espertos que conheci. É inteligente, um homem muito inteligente. Meticuloso, preocupado com os detalhes. Ele colocava tudo ao dispor dos jogadores, explicava-lhe com cuidado todas as situações possíveis e imaginárias sobre o jogo. Quando o jogo corria bem, toda a gente dizia que ‘uau, o Ten Hag é inacreditável’, mas quando corria mal… o treinador é questionado”, frisou o ex-avançado em entrevista ao Zero Zero.

O United está longe do fulgor de outros tempos, somando três vitórias, três derrotas e três empates nos nove jogos oficiais que fez até ao momento.

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“No futebol moderno, acredito que os futebolistas querem ver um pouco mais de paixão no seu treinador. Têm de sentir que o treinador está com eles e disposto a lutar ao lado deles. Taticamente, sinto que o Erik está no topo. Falta-lhe um bocado dessa chama, dessa paixão. É assim que se ganham os jogos, principalmente os mais exigentes. Essa é a diferença, esse fogo que sinto em mim, essa fome que tenho. O Erik é mais conservador. Oferece toda a informação aos jogadores e depois espera que eles cumpram no relvado”, acrescentou.

O clube de Bruno Fernandes

Expulso frente ao Tottenham, Bruno Fernandes deverá ser titular diante do FC Porto.

“A minha relação com o Bruno é especial. É importante que as pessoas saibam que, bem lá no fundo, o Bruno é um grande portista (risos). Um portista verdadeiro. Tínhamos muitas conversas e ele contou-me que quando era pequeno, ele e a família dele eram adeptos do FC Porto. E disse-me que me adorava ver quando eu jogava lá”, gracejou.

“Ele acabou por jogar na formação do Boavista e, mais tarde, no Sporting. Nunca no FC Porto. O Bruno é da elite mundial e tem capacidade para jogar no Real Madrid. Isso é quão especial ele é. Adora o trabalho diário e tem a tal paixão de que eu falava. O Bruno vive sob esse desígnio dia após dia, a paixão e o treino duro”, apontou.

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Outro português que atua na formação inglesa é Diogo Dalot.

“Outro grande portista. O Diogo era o meu filho no plantel, olhava sempre por ele. Quando eu jogava no FC Porto, até 2006, o Diogo jogava nas escolinhas do clube e por isso ele sabia tudo sobre mim. Foi maravilhoso partilhar essas memórias com eles e dar-lhes os conselhos que eu podia dar. Se alguns jogadores do Manchester United tivessem o que o Bruno e o Diogo têm, teria sido mais fácil ter bons resultados. Eles os dois treinavam com uma concentração impressionante, davam tudo o que tinham”, destacou.

Separação entre CR7 e Ten Hag foi inevitável…

A finalizar, McCarthy detalhou os bastidores da última passagem de Cristiano Ronaldo por Old Trafford.

“Não foi fácil, porque o Cristiano é uma personagem enorme. Tem a sua personalidade, a sua maturidade e quer um treinador que o perceba também. A dada altura, é verdade, as coisas começaram a não funcionar entre eles. O Erik tinha a sua filosofia, as suas ideias e não via o Cristiano a fazer parte delas. E os problemas nasceram. O Cristiano não ficava contente quando não jogava, porque dava tudo o que podia nos treinos. Ele treina como nunca vi antes alguém a treinar.  Ele é um jogador de elite em tudo, mesmo nesse comportamento”, salientou.

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“O Cristiano é um profissional de excelência. Infelizmente, a filosofia do treinador era diferente do que ele idealizava. Ten Hag queria um avançado capaz de pressionar logo à frente. E o Cristiano considerava que esse trabalho devia ser realizado pela equipa, como um todo. Com ele, em algumas zonas, o melhor a fazer é dar-lhe a bola e deixá-lo fazer as suas coisas. O Cristiano via o Ten Hag a optar pelo Martial e o Rashford na posição ‘9’ e não ficava satisfeito, porque sentia-se superior a todos eles. A separação era inevitável”.

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