Mou sem papas na língua!
José Mourinho concedeu uma extensa entrevista ao jornal italiano Corriere dello Sport e abordou diversos assuntos. Desde a saída da Roma, da qual ainda guarda muita mágoa, ao Real Madrid, passando pelo futuro, Pep Guardiola e pelo desafio que está a abraçar no Fenerbahçe.
“Quando se fala de mim…”
“Os bons treinadores que não sabem ganhar, especialistas em redes sociais e pessoas com poder de decisão que sabem tanto sobre futebol como eu sei sobre a física do átomo”, foi assim que o Special One arrancou a conversa que foi partilhada nesta terça-feira (31).
“Quando se fala de mim, pensa-se muitas vezes no que aconteceu há quinze, doze, oito ou dez anos. Nos últimos anos, disputei três finais, uma com o Manchester United e duas com a Roma”, sublinhou o treinador português.
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Mou assegura que deveria ter abandonado o comando técnico da Roma após a polémica final da Europa League ante o Sevilha e fez um paralelismo com o período em que orientou o Real Madrid. “Se falarmos de escolhas profissionais, recusar a proposta de Florentino Pérez… Ele disse-me: Mou, não vás agora, já fizeste a parte difícil e agora vem a parte boa. Sabia que ia ser assim, mas depois de três anos em Espanha, com grandes dificuldades, queria regressar ao Chelsea”.
Saída da Roma após a final da Europa League em Budapeste
“Depois da final de Budapeste, devia ter saído da Roma, não por causa da confusão que Anthony Taylor criou, mas porque não saí imediatamente. Deveria ter deixado a Roma, mas não o fiz e enganei-me”, recordou.
José Mourinho voltou a criticar o árbitro Anthony Taylor. Foto: Imago.
Admitindo que está 100% operacional depois da operação à vesícula biliar a que foi sujeito, o técnico setubalense revela que não voltou a ver jogos da Roma, “do Inter, sim” e abordou o momento do Manchester City. “Só Pep pode falar com conhecimento de causa sobre a sua condição. O resto são comentários banais e superficiais”.
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Quer orientar uma Seleção
Sobre um regresso ao futebol italiano, o Especial não fechou portas. “Sim. Quero participar num Campeonato da Europa ou do Mundo, quero unir um país em torno da sua seleção. Isso seria incrível”, vincou quando se referiu ao desejo de treinar uma Seleção Nacional.
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José Mourinho elogiou ainda a Atalanta, detentora da Europa League e uma das líderes da Série A, Bove, jogador que lançou e que colapsou em campo há poucas semanas. “O Bove é como eu. Ninguém lhe deu nada. Estreou-se comigo porque temos princípios semelhantes”. E explicou porque aceitou treinar o Fenerbahçe. “Porque amo o futebol e amo o meu trabalho”, finalizou.
