Três suspeitos!
A Polícia Judiciária realizou nesta terça-feira (25) na sede da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e mais outros locais. Em causa está a venda da antiga sede da entidade, na Avenida Alexandre Herculano, junto ao Largo do Rato, em Lisboa.
Assim, ocorreram ao longo do dia mais de vinte mandados de busca e apreensão em domicílios, instituições bancárias, estabelecimentos e sociedades de advogados, nos distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém.
De acordo com o Diário de Notícias, há três suspeitos já identificados, são eles, a saber: José António Alves Inácio, sócio gerente da sociedade Excelent Dimension, um ex-deputado do PS, António Ribeiro Gameiro e Paulo Lourenço, advogado e ex-secretário geral da FPF.
Polícia Judiciária já reagiu…
“Quem comprou a antiga sede da FPF foi a sociedade de José Inácio e o intermediário terá sido António Gameiro. Da parte da Federação Portuguesa de Futebol terá participado no negócio Paulo Lourenço“, explica a mesma fonte, acrescentando que a escritura foi assinada em abril de 2018.
Ademais, segundo o Relatório e Contas da FPF, relativo a 2017/2018, “foi alienada a antiga sede localizada na Rua Alexandre Herculano pelo montante de 11.250.000€, o que originou uma mais-valia contabilística de 2.765.790,24€, que inclui os gastos com intermediação”.

Investigação começou em 2021. Foto: FPF.
FPF mostrou-se surpreendida
Entretanto, o diretor nacional da PJ, Luís Neves, marcou presença na tomada de posse de Fernando Gomes como presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) e comentou esta Operação Mais Valia.
“A operação já estava marcada há vários dias. Há arguidos constituídos, não há arguidos detidos. Quero dizer que Fernando Gomes e Tiago Craveiro não são visados neste processo, não há qualquer indício. A investigação já tem anos. Temos os suspeitos bem identificados”, explicou ao lado do antigo presidente da FPF.

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Por conseguinte, a FPF. atualmente presidida por Pedro Proença, já reagiu a esta notícia e mostrou-se surpreendida. “A Federação Portuguesa de Futebol irá até às últimas consequências face a qualquer prática ilícita ou criminal que venha a ser apurada e agirá de forma absolutamente intransigente”, lê-se, por fim, no comunicado.