FC Porto x Estrela: bom resultado aos mandantes, mas…
O FC Porto continua o seu momento de oscilação na época. Desta vez, manteve-se invicto no Dragão com a vitória por 2-0 sobre o Estrela Amadora nesta segunda-feira (16), em partida a contar para a 14.ª jornada da Liga Portugal. No entanto, o desempenho voltou a deixar a desejar em campo.
No olhar do resultado, Nico González e Gonçalo Borges garantiram a vitória portista. Os comandados de Vítor Bruno regressaram a 2.ª posição, com 34 pontos, colado no líder Sporting, que soma 36. Em 3.º com 32 pontos, o Benfica pode ultrapassá-los se vencer o Nacional na Madeira, no jogo atrasado.
No olhar do relvado, o plantel portista poderia entregar mais. Cruzamentos em demasia. Muita posse, mas ritmo lento. Pouca associação entre Galeno e Fábio Vieira. Samu encaixotado na defesa adversária. Vê-se mais individualidades do que trabalho coletivo. Pouca evolução após os maus resultados de novembro.
Mudança no onze de Vítor Bruno
Contra o Estrela, Vítor Bruno promoveu apenas uma alteração no onze inicial, se comparado à equipa que começou diante do Midtjylland: Nico González ganhou um lugar no meio-campo e deixou Alan Varela no banco. Namaso manteve-se como titular, enquanto Galeno permaneceu na lateral-esquerda.
FC Porto x Estrela: começo animador
Nos primeiros minutos, a dinâmica do jogo baseava-se no FC Porto controlando a posse de bola, mas insistindo em cruzamentos para chegar mais perto do golo. Houve três cantos em 11 minutos. No terceiro deles, saiu o zero do placar.
Num canto ensaiado, Fábio Vieira cruzou no segundo poste, a bola pingou no relvado e Nico surgiu sozinho na área para rematar desajeitado e acertar o canto esquerdo do guarda-redes Bruno Brigido.
Ritmo lento
Depois do golo, o FC Porto acomodou-se na partida. Tirou o pé do acelerador. Pepê tentou levantar a chama portista com remates a longa distância, mas errou o alvo por muito. Houve, inclusive, assobios das bancadas pela lentidão.
Aos poucos, o Estrela acordou, mas esbarrou na dificuldade na criação, no bom jogo de Otávio e acabou recuando demais. Diogo Costa apareceu uma vez após uma bola pingar e assustar. Sem remates. O guardião portista foi um mero espetador da partida. A destacar, um corte incrível de Dramé, impedindo a (rara) chance de Samu diante do guarda-redes num contra-ataque.
Estrela buscou o empate na segunda parte
No começo da segunda parte, o Estrela iniciou numa postura diferente: linha alta com uma pressão na saída de bola portista. José Faria percebeu que existia uma chance da igualdade. Na melhor oportunidades, Kikas arrancou na esquerda e serviu Léo Cordeiro rematar com espaço dentro da área. Nico desviou para canto.
Bruno Brigido, guarda-redes do Estrela. Foto: Imago
Faltas, Bruno Brigido e… Expulsão
O jogo tornou-se faltoso. Queixas atrás de queixas. Em paralelo, FC Porto conseguiu chegar após quase 20 minutos de segunda etapa num lindo chute de Fábio Vieira, que obrigou a um milagre (que reflexo!) de Bruno Brigido.
No entanto, o jogo mudaria de cenário: Danilo recebeu o segundo amarelo após pisar em Francisco Moura e foi para a rua mais cedo, aos 74′. A estratégia do Estrela estava indo por água abaixo. Brigido voltaria a aparecer numa bonita intervenção para evitar o golo de cabeça de Nehuén Pérez.
Veja também
FC Porto bate Estrela Amadora no Dragão e 'respira de alívio'
Drama e golo no fim de FC Porto e Estrela
Mesmo com 10 homens, o Estrela esteve perto do empate numa pitada de sorte. No livre cobrado por Rúben Lima, Martim Fernandes desviou para trás e a bola passa a raspar o poste de Diogo Costa. Que susto no Dragão. O estádio voltaria a sorrir (de alívio) no contra-ataque puxado por Rodrigo Mora, que culminou na finalização rasteira e precisa de Gonçalo Borges.