Ausência presente no Porto x Vitória
O FC Porto estreou-se na Liga Portugal com uma vitória categórica frente ao Vitória SC. Em noite de homenagem ao eterno capitão Jorge Costa, os Dragões aplicaram um sonoro 3-0 nos conquistadores. Mas a presença de Rodrigo Mora no banco de suplentes durante os 90 minutos chamou a atenção da imprensa.
O jovem extremo portista foi uma das poucas alegrias dos adeptos azuis e brancos na época passada. Com um estilo de jogo leve e “abusado”, sem medo, com dribles insinuantes e golaços, o jogador foi um oásis no deserto de uma temporada para ser esquecida.

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No entanto, desde a chegada de Francesco Farioli, Rodrigo Mora tem perdido espaço, como ocorreu no FC Porto x Vitória SC. “Quando fez 18 anos, Rodrigo Mora já era consensualmente enorme promessa do futebol português. A primeira coisa em que deve pensar é que não deixa de sê-lo por não fazer, hoje, parte das escolhas do novo treinador do FC Porto”, pondera Alexandre Pereira em A Bola.
Pedido de “paciência” a Rodrigo Mora
Comparando-o a João Vieira Pinto, o jornalista pede “paciência” ao jogador de 18 anos. Contudo, Pereira admite que “a ausência das opções — pelo menos as iniciais — de Farioli não deixa de constituir mistério para quem olha de fora.” De facto, causa estranheza ver o miúdo que brilhou na equipa e chegou à Seleção Portuguesa nem ir ao relvado.
Farioli tem razão em deixar Rodrigo Mora no banco?
Farioli tem razão em deixar Rodrigo Mora no banco?
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“É uma decisão legítima, mas é um acto de coragem do Francesco Farioli deixar de fora o grande craque da equipa, o herói da última temporada, no meio do total caos. Os adeptos viram ali uma esperança de futuro, e agora chega um novo treinador que deixa esse jogador brilhante no banco de suplentes“, afirmou o jornalista Valter Marques no Record na Hora.

Diogo Costa e Rodrigo Mora, dois jogadores do FC Porto, a festejarem a conquista da Liga das Nações por Portugal. Foto: FPF
Enquanto vencer, Farioli não será cobrado
De acordo com Alexandre Pereira, a situação está a lembrar a de Jorge Jesus e Bernardo Silva. “Se Rodrigo vier a ser o que promete, Farioli não será o primeiro nem o último treinador a não tirar o melhor rendimento de um talento superior. Por alguma razão ele é o treinador azul e branco e a opinião pública não é.”
É normal que um jovem talento tenha altos e baixos, mais ou menos minutos no início de sua carreira. No entanto, deixar o melhor jogador da última época no banco, mais do que coragem, é um risco que toma Farioli. Enquanto a equipa estiver a jogar bem e vencer, terá o apoio dos adeptos. Mas quando houver o primeiro desaire, as bancadas lhe cobrarão por Rodrigo Mora.

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Na última época, Mora esteve no relvado durante 2.391 minutos em todas as competições. Em 40 jogos, ele anotou 12 golos – como o golaço frente ao Casa Pia – e distribuiu 4 assistências aos seus companheiros, recebendo 4 cartões amarelos.