Vincent Kompany, treinador do Bayern de Munique, e a manifestações para combater o racismo
Nesta quinta-feira (20) é o Dia da Consciência Negra e infelizmente, situações sobre o racismo no futebol ainda são presenciadas. Vincent Kompany, treinador do Bayern de Munique, chegou a presenciar esse tipo de atitude criminosa e se manifestou sobre.
Ainda quando era jogador do Manchester City, ele comentou sobre as manifestações racistas da torcida da Inter de Milão contra o zagueiro Koulibaly, do Napoli, no Campeonato Italiano de 2018. Naquela oportunidade, ele era capitão do time inglês e se indignou com o ocorrido.
“Sério? Koulibaly sofreu racismo no San Siro. Sterling em Stamford Bridge. Isso é inaceitável! Políticos eleitos dão o tom com divisões retóricas concedidas, mas algumas coisas tem que voltar! Respeito a Ancelotti e os jogadores do Napoli pelos comentários após o jogo”, divulgou em sua conta no Twitter naquele ano.
Kompany como treinador no Anderlecht
Quando se aposentou, Kompany iniciou sua carreira como treinador. À frente da equipe do Anderlecht, da Bélgica, ele quem ouviu palavras racistas da torcida do Club Brugge, também da Bélgica, em 2021, que ele citou que envolveu seus atletas do time belga e também a sua comissão técnica.
“Deixo este jogo chateado. Ao longo da partida, a comissão técnica e eu fomos insultados. Insultos racistas que também foram dirigidos aos jogadores. O dia terminou mal. Vou me encontrar com a comissão e com as pessoas que são importantes para mim. Não devemos vivenciar o que passamos aqui”, disse.
Vincent Kompany comentou sobre insultos racistas no futebol e se manifestou que isso nunca deveria ser vivenciado. (Foto: Alexander Hassenstein/Getty Images)
Recado de Kompany à frente do Bayern de Munique
Em 2024, após uma grande vitória na Champions League, ele foi questionado sobre as pessoas que disseram que o trabalho no Bayern de Munique era maior do que ele.
“Vou dizer uma coisa rapidamente só para provar um ponto: Nasci em Bruxelas, meu pai era um refugiado que veio do Congo. Quais eram as minhas chances de sequer jogar na Premier League, ganhar algum título como jogador, jogar pela seleção nacional? As probabilidades eram de 0,000 e alguma coisa. Agora sou treinador. Você simplesmente deixa de acreditar em si mesmo e no que pode alcançar por causa do que os outros dizem?”, como divulgou a página no X, iMiaSanMia.
O futebol tem a sua importância na luta contra o racismo, já que envolve cultura e reproduz as estruturas sociais. Além disso, tem o poder para mudar, mas não é somente a partir de campanhas, e sim, com atitudes para colocar um ponto final no racismo.
