Selecionador Francisco Neto confiante em Portugal
A história recente dos duelos ibéricos deixou feridas na Seleção Feminina de Portugal, após derrotas – 4-2, em casa, e 7-1, em solo espanhol -, no entanto, Francisco Neto, selecionador nacional, não se deixa intimidar e aponta a um “bom jogo” diante das vizinhas e eternas rivais.
“Acima de tudo, temos de ser uma equipa competitiva. Sabemos quem está à nossa frente, o nosso contexto e como temos conseguido chegar às fases finais. Amanhã [quinta-feira], teremos de ser altamente competitivos e organizados“, declarou Francisco Neto.
Segundo o selecionador, Portugal “não tem de provar nada” e indica a estratégia para tentar desfeitear Espanha: “É uma equipa dominadora e expõe-se na forma como ataca, com muitas jogadoras no meio-campo adversário e projeta muito as duas laterais. [A ideia é] empurrar Espanha, reconhecendo o patamar em que nos encontramos. Temos que aproveitar todas as oportunidades que tivermos e se for numa transição rápida, assim será.”
Pontuar é importante mas sem recurso ao ‘autocarro’
Segundo Francisco Neto, “numa fase tão curta é muito importante pontuar“, sublinhando: “Não é decisivo, mas seria sempre muito bom pontuar.” Ainda de acordo com o selecionador, Portugal não vai encolher-se: “Assino fazer um bom jogo, ser competitivo e, se for justo o empate, sim, mas não vamos jogar para o empate.”
A terminar a conferência de imprensa, questionado sobre o ponto da situação das lesionadas Kika Nazareth e Telma Encarnação, Francisco Neto manteve a incógnita: “No início do treino, as duas vão estar connosco e veremos como se vão sentir.”
Selecionadora espanhola
rejeita qualquer favoritismo
Montse Tomé, selecionadora de Espanha, também realizou esta quarta-feira, véspera do duelo com Portugal, a respetiva antevisão ao encontro e exibiu respeito pelo adversário: “No nosso balneário não falamos sobre o tema do favoritismo. Definimos objetivos a curto prazo. As etiquetas que nos colocam de fora, cá dentro não são tema de conversa.”
A treinadora espera um jogo difícil: “Portugal é uma equipa perigosa nas saídas em transição e a no contra-ataque. Temos de controlar isso e encontrar os nossos momentos com bola. Portugal vai entrar com tudo, tal como Espanha, e estamos à espera de momentos de sofrimento, mas temos de saber resistir.”
Relativamente à situação da craque Aitana Bonmatí, vencedora das duas últimas Bolas de Ouro, que sofreu uma meningite vírica, Montse Tomé até poderá contar com a média: “Está a evoluir de forma favorável. Ontem realizou parte do treino condicionada e trabalhou totalmente à parte. Tem uma ambição muito positiva e até é preciso travá-la um pouco.”