Memórias de Dimitar Berbatov no Manchester United
O antigo avançado do Manchester United, de seu nome Dimitar Berbatov, abriu o livro numa conversa à agência Lusa. Aí, revelou memórias marcantes da sua passagem por Old Trafford. Entre os protagonistas dessas recordações estão Cristiano Ronaldo e Nani. Ambos foram seus ex-colegas e que, segundo o búlgaro, deixaram uma marca profunda no seu percurso no futebol inglês.
Sobre Ronaldo, Berbatov não poupou, portanto, elogios à dedicação e ao profissionalismo do português. “Desde o treino até à recuperação, tudo nele era levado ao limite“, afirmou. Para o ex-internacional da Bulgária, o facto de CR7 continuar a jogar ao mais alto nível aos 40 anos, no Al-Nassr, é então apenas a confirmação de uma mentalidade única e incansável.
Já em relação a Nani, o ex-jogador lembrou que havia um entrosamento natural entre ambos, fruto, pois, de uma ligação quase instintiva no campo. “Alguns dos meus golos mais bonitos surgiram de assistências dele. O famoso golo de bicicleta ao Liverpool nasceu assim de um cruzamento perfeito do Nani”, contou, sublinhando que certos momentos ficam gravados para sempre na memória.
Títulos e conquistas partilhadas
A dupla portuguesa não só ajudou Berbatov a brilhar como também partilhou com ele vários títulos. Juntos, conquistaram dois campeonatos ingleses (2008/09 e 2010/11), duas Taças da Liga e duas Supertaças, além de atingirem igualmente duas finais da Champions League. Nessa altura, o Manchester United era presença quase garantida na prova.
O búlgaro descreveu igualmente os treinos do United como autênticas “guerras”, dada a intensidade e a competitividade de um plantel recheado de estrelas como, por exemplo, Paul Scholes, Ryan Giggs, Wayne Rooney, Rio Ferdinand e, claro, Cristiano Ronaldo e Nani. Para Berbatov, essa exigência era o motor que mantinha a equipa no topo, ano após ano.
Dimitar Berbatov, ex-jogador do Manchester United. Foto: Catherine Ivill/Getty Images.
“O medo e o respeito estavam lá mesmo antes do apito inicial”
Tal era a força coletiva e a mentalidade vencedora que, segundo Berbatov, muitos adversários já entravam derrotados em campo. “Sentia-se que o medo e o respeito estavam lá antes mesmo do apito inicial“, recordou, destacando, aliás, a “aura” que estava envolvida nos red devils de Sir Alex Ferguson.
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Hoje, afastado dos relvados, Berbatov mantém-se ligado ao futebol – mais na vertente juvenil e é igualmente comentador – e não esconde a gratidão por ter partilhado balneário com dois dos maiores talentos portugueses. Para ele, essas memórias não são apenas feitos desportivos, mas lições de dedicação, talento e camaradagem que resistem ao tempo.
