Motivados
Nesta sétima jornada do campeonato, o Benfica vai defrontar o Gil Vicente, num duelo que tem início agendado para este sábado, dia 28, a partir das 20h30 no Estádio da Luz. Na antevisão ao encontro, Bruno Lage perspetivou um desafio complicado, mas confia numa boa resposta por parte dos jogadores que orienta.
“É sempre motivo de motivação extra jogarmos perante os nossos adeptos. Espero a equipa com a mesma dinâmica e o mesmo foco. Espero um adversário à imagem do seu treinador que funciona num todo, com jogadores de enorme qualidade, sobretudo à frente. Temos de estar 100 concentrados para amanhã”, começou por sinalizar Lage na conferência de Imprensa eu decorreu ao início da tarde desta sexta-feira no Seixal.
Qual vai ser o desfecho do jogo entre Benfica e Gil Vicente?
Qual vai ser o desfecho do jogo entre Benfica e Gil Vicente?
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“Ganhámos, não ganhei sozinho. O que quero com a equipa é a cultura e o lema do clube. Aquilo que temos de melhor é funcionarmos em equipa, não fui eu que ganhei. Temos falado sobre isso. O talento ao serviço da equipa e o que cada um deles pode fazer para ajudar o coletivo”, acrescentou, antes de destacar o almoço que juntou quase todos os jogadores que formam parte do plantel, a exceção foi Kaboré devido a questões burocráticas, e que foi promovida por Otamendi.
“Aproveito a questão para valorizar ainda mais a iniciativa do nosso capitão de proporcionar um encontro fora do Seixal com os jogadores”.
Jogar à Benfica
Os três triunfos consecutivos não retiram a concentração ao timoneiro, vincando que ainda há um longo caminho a percorrer até ter a equipa à medida que idealiza.
“O mais importante é trabalharmos diariamente para atingirmos isso. Sei o que os adeptos gostam, cresci aqui, passei pelas equipas da formação e é assim também que me identifico. Ambição é crescer como equipa, temos criado mais situações de golo nesta época, pretendemos continuar nesse registo. Ainda não fizemos nada de especial, ganhámos apenas três jogos. Máximo compromisso para amanhã porque é um adversário muito competente”, disse.
“Quero uma equipa mais agressiva no último terço, na busca de espaços, mais situações de finalização, criar mais em qualidade. Tenho trabalho imenso com os avançados e com os alas. O defender é muito fácil, é correr (como dizia Jaime Graça) e toda a gente atrás da linha da bola. Comigo todos têm a responsabilidade de defender para recuperar a bola”, constatou.
No novo sistema táctico, um 1x4x3x3, a presença de Di María parece estar mais salvaguarda, principalmente quando a equipa não tem a posse de bola.
“Discordo da sua análise. Nunca vi o Aursnes atrás do Di María, o trabalho de equipa foi muito importante. O que eu quero para o Di María é o que quero para todos, que a equipa seja competente e que haja responsabilidade de toda a gente defender. Quero que a equipa funcione e tenho passado essa mensagem aos jogadores. Ninguém ganha jogos sozinho. É importante o que cada um pode dar à equipa”, completou.
Plantel à medida e Bah de regresso
Sobre as declarações de Rui Costa que disse que o atual plantel foi construído à medida de Bruno Lage, apesar de ter sido fechado ainda com Roger Schmidt no comando…
“Tenho uma relação de anos com o presidente e se há pessoa que sabe como gosto do plantel é ele. Gosto de ter o plantel assim, três guarda-redes e dois em cada posição e três avançados com perfis diferentes, como nós temos. Gosto de um plantel assim”, sublinhou antes de acrescentar.
“Depois, tivemos entradas de alguns jogadores e cada um deles precisa de tempo de adaptação ao país, à cultura de clube, à forma de jogar e de treinar. Essa parte cabe-me a mim, cabe-me ajudá-los a crescer. Acredito que temos capacidade para continuar a crescer e ser uma equipa competitiva. A nossa ambição é essa desde o primeiro dia. Neste momento, o que temos de fazer é continuar o nosso caminho. A nossa ambição e compromisso é como que temos de fazer. Dar passos seguros. Sobre Bah, treinou e está convocado para o jogo”.
Jogo com o Atl. de Madrid fica para depois
Após o desafio com os gilistas, segue-se a receção ao Atlético de Madrid.
“Enquanto equipa técnica funcionamos sempre a três jogos, mas estamos com o foco no jogo de amanhã. Não há mudança de chip para nada, o nosso compromisso tem de ser estarmos 100 por cento concentrados no que temos de fazer amanhã”.
A finalizar a conversa com os jornalistas, o técnico lamentou a morte de um adepto do Benfica que faleceu quando se deslocava ao Bessa para acompanhar o jogo da jornada anterior frente ao Boavista.
“Depois de um jogo, e de ter dado a folga, acordamos com sentimento de dever cumprido, mas fica um sabor diferente porque os nossos adeptos quase que dão a vida para nos apoiar e alguns perdem-na mesmo para o poder fazer. Os nossos jogadores têm de sentir isso, as pessoas fazem sacrifícios para nos apoiar em tudo. A cada momento, quando formos chamados, temos de jogar no máximo para nós e para os adeptos, que são a alma do clube. Os nossos sentimentos à família, esta morte deixou um sabor agridoce sobre a nossa vitória”.