Defesa do Barcelona vive início alarmante com Flick
O Barcelona de Hansi Flick já levou 20 gols em 15 jogos oficiais, média de 1,33 por partida – um número alto para os padrões do clube. Algo parecido só havia ocorrido em 2015-2016: naquele ano, com Luis Enrique, o time sofreu 23 gols no mesmo ponto da temporada e mesmo assim ganhou La Liga. Isso mostra que estatísticas isoladas nem sempre definem o resultado final de um campeonato.
Dos 20 gols atuais, 13 saíram na La Liga e 7 na Champions League, o que indica fragilidade em mais de uma competição. No ano passado, nesse mesmo estágio, o Barça tinha levado 14 gols. Nas duas temporadas anteriores, sob Xavi, foram ainda menos: 13 e 10. Esses dados revelam como a força defensiva muda de acordo com técnico e esquema tático.
Antes de Luis Enrique, o pior início havia sido na época de Ronald Koeman, com 18 gols sofridos (incluindo o período curto de Sergi Barjuán). Mudanças de tática, lesões e trocas no elenco explicam parte dessas oscilações. Mesmo assim, a defesa atual precisa de mais atenção.
Disputa no gol expõe fragilidade defensiva do blaugrana
A discussão sobre quem deve ser o goleiro também pesa. Com Joan García em campo, o time tomou 5 gols em 7 jogos. Já com Szczęsny, foram 15 gols em 8 partidas. Isso mostra que, além da qualidade do arqueiro, a proteção da zaga faz diferença. Trocas frequentes de jogadores e de sistema dificultam a estabilidade defensiva.
Flick tenta equilibrar ataque e defesa, mas os ajustes nem sempre dão certo. A equipe ainda sofre para recuperar a bola rápido e deixa espaço para contra-ataques. Lesões e a adaptação de novos atletas também atrapalham o entrosamento. O desafio é manter a pegada ofensiva sem descuidar da retaguarda.
A comparação com temporadas anteriores revela queda de solidez e dúvidas no gol, com variações entre Szczęsny e Joan García. Lesões, mudanças táticas e falhas de cobertura nas laterais agravam o problema. (Foto de Stuart Franklin/Getty Images)
As laterais precisam de cobertura melhor. Quando os laterais sobem sem apoio, abrem buracos e forçam os zagueiros a se arriscar. Volantes mal posicionados aumentam o número de chutes adversários e, por consequência, de gols sofridos. Ajustar essas falhas alivia a pressão sobre o goleiro e reduz o perigo.
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Apesar do cenário preocupante, vale lembrar que o Barcelona já venceu títulos mesmo sofrendo muitos gols, como em 2015-2016. A solução passa por corrigir erros repetitivos, manter um plano defensivo claro e fortalecer a confiança do grupo. Se Hansi Flick encontrar esse equilíbrio, o time ainda pode reagir nas competições que disputa.
