Liverpoool em crise: Klopp pede paciência, mas Slot já sente a pressão
Anfield vive dias de incerteza. O que parecia um breve soluço tornou-se um desastre em larga escala após o 3 x 0 sofrido diante do Nottingham Forest, no sábado. Já são seis derrotas em sete partidas – sequência que arrastou o Liverpool para a metade inferior da tabela e transformou o atual campeão inglês em candidato a um improvável fracasso.
A bola da vez: Arne Slot
Contratado com a missão de manter o padrão de excelência deixado por Jürgen Klopp, o técnico holandês convive agora com rumores sobre uma eventual demissão. Ele chegou no verão europeu respaldado por um investimento recorde – mais de £ 250 milhões (1,7 bilhões) em reforços –, mas o entrosamento não apareceu.
Falhas defensivas, meio-campo desequilibrado e escolhas de escalação questionáveis – como a insistência em Alexander Isak na referência do ataque – alimentam o descontentamento da torcida.
Klopp defende o sucessor
As declarações de Jürgen Klopp, concedidas ainda no início da temporada ao podcast The Diary of a CEO, voltaram às manchetes: “Desenvolvimento exige tempo”, cravou o alemão.
“Arne é um cara extraordinário. Ele já mostrou que sabe extrair o melhor de um elenco. Agora, o Liverpool vive uma transição profunda: peças novas, expectativa alta e pouca paciência externa. É natural que os ajustes demorem.”O ex-treinador argumenta que manter o velho time sem mudanças também geraria críticas caso os resultados não viessem. “Toda mudança tem impacto”, reforçou.
Seis derrotas em sete partidas deixam os Reds na metade de baixo da Premier League e colocam futuro do treinador em pauta. (Photo by Molly Darlington/Getty Images)
O que vem a seguir
A diretoria mantém, por ora, discurso de confiança no projeto. Nos bastidores, porém, já se discute a possibilidade de “ponto de corte” caso a equipe não reaja até o Boxing Day, tradicional rodada de 26 de dezembro. Se os resultados não melhorarem, o Liverpool poderá transformar a janela em janeiro de mercado em período não apenas de reforços, mas de substituição no comando técnico.
Uma luz no fim do túnel?
Klopp insiste que os novos jogadores “são muito bons” e que “o plano tático faz sentido”; falta, segundo ele, tempo de assimilação. Resta saber se o calendário, os torcedores e a cúpula de Anfield concederão esse recurso escasso chamado paciência – ou se a era Arne Slot será abreviada antes mesmo de completar uma temporada.
