O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, disse que os amistosos da seleção brasileira passarão por mudanças a partir de 2023. O objetivo do mandatário é que o Brasil faça mais jogos no país e utilize mais jogadores que atuam no futebol brasileiro.
Em 2012 a CBF fechou um contrato com a Pitch. Essa empresa fazia o gerenciamento dos amistosos da seleção. E quase sempre preferia levar os jogos do Brasil para países europeus, africanos e asiáticos, colocando como cláusula a utilização dos principais jogadores brasileiros.
Segundo Ednaldo, o contrato se encerrou em 2022 e não será renovado.
“A CBF concluiu um contrato de 10 anos que vinculava a Seleção a jogar fora do Brasil. Quem for o novo parceiro vai ter que saber que queremos jogar mais no Brasil. São vários pretendentes. Tem que ter transparência, credibilidade, tem que ser com bastante valorização do que é a seleção brasileira. Essa tem sido a tônica das nossas ações. Nós temos aumentado os valores de patrocínios em até 10 vezes e tudo vai ser revertido para o futebol brasileiro”, disse Ednaldo em entrevista aoGE.
De acordo com o mandatário, o objetivo é que jogadores que atuem no Brasil também tenham mais espaço na seleção.”A seleção brasileira jogou muito fora do Brasil quando poderia ter jogado mais aqui. Poderia ter usado também mais jogadores do futebol brasileiro. Vai depender dos jogos, das datas, mas pretendo que jogue mais aqui no Brasil. De uma forma que não acontecia antes”, disse Ednaldo.
Veja também
Presidente da CBF prepara viajem à Europa e pode fechar com grande treinador para a Seleção Brasileira
Amistosos contra grandes seleções
Além das partidas disputadas fora do Brasil, também havia reclamação em relação aos adversários que a seleção enfrentou ao longo dos últimos 10 anos. Ednaldo Rodrigues disse que deseja que o Brasil enfrente seleções mais fortes neste próximo ciclo de Copa do Mundo.
“Da parte da CBF, sempre vai ter essa vontade de jogar com seleções fortes. Considera a Argentina forte. Ninguém mais do que eu queria que a gente jogasse contra a Argentina. Lutei muito para que pudesse acontecer. Algumas situações contribuíram para que não houvesse jogo. A Argentina correu dessa partida sempre. Não queria o amistoso, não queria o jogo das Eliminatórias. Se tiver que acontecer, será de forma natural. Não como obrigação”, finalizou.
